Essa é boa. Aliás, ótima. Os 18 donos das empresas de ônibus que exploram as 430 linhas da capital, com atendimento de qualidade duvidosa, filas nos pontos e superlotação nos veículos, querem aumento de tarifas já, mas, rejeitam que empresas de fora da Bahia venham para a praça de Salvador concorrer com eles.
O Ministério Público impôs que a Prefeitura de Salvador abrisse a caixa preta do sistema de transporte e autorizasse a licitação para convocar empresas de outros estados a participarem da exploração das linhas. O Septs conseguiu uma liminar alegando desequilíbro econômico por que passam as empresas, além de inadimplência, e o processo está em banho Maria.
Na próxima semana a Procuradoria do Município vai entrar com recurso para eliminar a liminar e seguir em frente.
Há, portanto, um grande jogo de cena por parte dos empresários que dizem com todas as letras que o sistema está à beira da falência com tarifas defasadas, mas, quando a Prefeitura sinaliza que a tarifa de 1.70 real é justa e vai convocar empresas de fora para explorar o sistema (ou pelo menos oxigenar) eles são contra.
Não dá para entender: se não é viável com 1.70 porque não abrir para outros que queiram participar do processo com esse preço?
O MP está disposto a pedir ação civil pública caso não seja cumprida lei federal que obriga a realização de licitação para definição das empresas (ou novas empresas) que vão assumir o transporte coletivo urbano.