A festa começa ceco
As baianas com potes contendo água de cheiro lavarão o adro da basílica
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Nesta quinta-feira a cidade do Salvador pára, parcialmente, para que sua população participe da festa do Bonfim, uma manifestação da cultura popular baiana que já completou 250 anos, desde que um capitão português trouxe para a cidade da Bahia uma imagem do santo provinda de Setúbal.
Milhares de baianos e turistas, fiéis e infiéis, acompanharão o cortejo de baianas, autoridades, bicicleteiros, cavaleiros, arruaceiros e outros, que percorrerão o trecho entre a basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia até a basílica do Bonfim. Uns vão rezar; outros pecar. A festa é um misto entre o profano e o religioso com muito mais comportamento do tipo profano do que religioso.
Mas, na Bahia, vale tudo, e esta é uma festa tão popular que se misturam o povo de santo, a elite, a classe média e todas as etnias e credos. Pela primeira vez, com governador do PT, o partido dos trabalhadores deixa de acompanhar a procissão na retaguarda e assume a liderança, com o governador Jacques Wagner comandandol o bloco das autoridades.
O PFL, que comandou o governo até dezembro de 2006, diz que vai levar sua turma para o cortejo ainda que sem suas principais lideranças, o senador ACM e o ex-governador Paulo Souto. O PSDB ninguém sabe se participará ou não. O prefeito João Henrique deverá acompanhar o governador Jacques Wagner.
A festa promete e além do Bonfim de quem vai a pé, existe o Bonfim Light, da elite jovem da cidade e dos turistas com uma festa axé na Marina da Contorno. Esta festa é só profana.