Política

PSG VENCE FLAMENGO NOS PÊNALTIS E É CAMPEÃO INTERCONTINENTAL

O goleiro russo Safonov brilha, e o PSG ganha título nos pênaltis
Tasso Franco , Salvador | 17/12/2025 às 18:13
Jorginho marcou o gol no tempo normal
Foto: Adriano Fontes CBF
     O goleiro russo Safonov brilha, e 
  o PSG ganha título nos pênaltis
  
   O Flamengo até encarou, fez um bom jogo, empatou com o PSG em mais de 120 minutos de bola rolando (tempo normal mais a prorrogação), porém mostrou insegurança e incompetência na decisão por cobrança de pênaltis, perdeu quatro cobranças. Ou, melhor dizendo, o jovem goleiro russo Safonov (herdeiro do mitológico Yashin) brilhou, catou os tiros livres de Saul, Pedro, Leo Pereira e Luis Araújo, dando assim o título de Campeão da Copa/Torneio Intercontinental de Clubes ao PSG, campeão da França, da Europa e, agora, do ‘antigo’ mundial de clubes/FIFA, agora com novo nome. PSG campeão. 

  Com a bola rolando, nada a reclamar. O time francês teve mais domínio, atacou, criou mais, mereceu. O Flamengo sofreu mas soube suportar e reagir, teve seus bons momentos também. Lutou bravamente, mesmo com alguns de seus destaques em jornada apagada, como Arrascaeta, Rossi, Carrascal, Bruno Henrique... e mostrou despreparo, incompetência, desequilíbrio emocional no momento decisivo da cobrança de penalidades. Se é consolo, do lado francês, Dembelé (tido como o melhor do mundo) e Barcola também desperdiçaram suas cobranças. Mas o goleiro russo foi o herói do título. 

 Parabéns aos franceses, pois.  
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- A final aconteceu no relvado tapete do Al-Rayyan Stadium, em Al Rayyan, Catar, 
 com cerca de 45 mil nas arquibancadas. Torcedores brasileiros presentes, fazendo barulho. 
 - O Rubro-negro carioca, campeão brasileiro e da Libertadores da América, treinado pelo ex-lateral do clube Filipe Luis, em campo com seu uniforme dois, camisetas e calções brancos, detalhes em vermelho e preto; o tricolor PSG, campeão da França e da Europa, do técnico espanhol Luiz Enrique, eleito o melhor da Europa, de azul com detalhes em vermelho e branco.  
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O atacante Dembelé, do PSG, eleito o melhor do mundo nesta temporada, de fora na escalação inicial, no banco, por conta de forte gripe. O Flamengo em busca de mais uma estrela dourada, de campeão mundial. O belo e esbelto troféu dourado exposto.

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Com bola rolando ...

- Os franceses com linhas altas, marcando desde a frente, tomando as iniciativas, apertando, buscando o gol desde o início, tentando impor seu ritmo, seu estilo, valorizando a posse de bola.
- Um VAR salvador!  Gol anulado de Ruiz, aos 9min. Um golaço!  A defesa brasileira errou feio na saída de bola, o goleiro Rossi pra evitar o escanteio cortou mal, a bola descaiu na frente da meia-lua e Ruiz pegou de primeira, acertando o gol vazio. Mas o VAR, acionado, detectou que a bola, cortada pelo goleiro Rossi, já estava fora de campo. Invalidado o lance, pois. Ufa!  
- O Flamengo não viu a cor da bola, até uns 13, 15minutos. Alguns jogadores pareciam assustados.  Aos 16’, primeiro chute brasileiro, de Pulgar, da entrada da área francesa, pegando rebote, o goleiro catou. Passada a pressão inicial, os brasileiros foram, aos poucos, se encontrando em campo, equilibrando as ações, fustigando, ocupando também o território inimigo.   
 - Aos 33’, saiu o coreano Lee, machucado, entrou o jovem Mayulu.
- Gol! 1 x 0, Kvarastskhelia, empurrando para as redes, fechando da esquerda, livre na pequena área, após um erro absurdo do goleiro Rossi, que tentou cortar um cruzamento largo e rasteiro da direita, mas só ajeitou para o artilheiro europeu. Quando o jogo parecia equilibrado, aos 37minutos. 

   Bom primeiro tempo, superioridade do PSG; teve mais a bola, trocou passes, ocupou mais o campo ofensivo, finalizou mais e desceu pro intervalo com 1 x 0 favorável. Nada definido. O Flamengo demorou pra entrar no jogo, teve muita dificuldade com a marcação curta dos franceses e, quando parecia ter equilibrado as ações, levou o gol, nas costas do lateral Alex Sandro e falha do goleiro argentino Rossi. O Flamengo deu um chute, um chuteco apenas na direção do gol adversário. Só. Aos brasileiros, mudar de atitude, encarar, jogar bola na segunda etapa. Esperávamos. 

 Segundo ato - No retorno, o PSG dono da bola, Vitinha deitando e rolando, Arrascaeta sumido, o Flamengo correndo atrás, tentando marcar, sem conseguir sair de trás, até uns 10min. O torcedor barulhando, animado. 
- Aos 10’, saiu Carrascal, que nada rendeu, entrou o artilheiro Pedro, voltando de lesão, uma fratura no braço, mais de mês fora de combate. O Flamengo precisava incomodar um pouco, na frente, buscar o empate, e ganhava força, velocidade no ataque, Pedro centralizado, Bruno Henrique na esquerda. 
- Aos 11’, Arrascaeta se enroscou com o zagueiro e caiu na área, pedindo pênalti. Cena? O VAR chamou, o árbitro foi ver e marcou a penalidade em favor do Flamengo. Em boa hora.  
 - Gol! 1 x 1 Jorginho, deslocando o goleiro, batendo com classe, empatando, aos 16min. Um gol pra mudar o panorama, pra valer.  Um Flamengo mais confiante, encarando, uma partida mais aberta, parelha. Os franceses já não tinham o mesmo ímpeto. 
  - Luiz Enrique tirou Mayulu, colocou Barcola, em seguida. Aos 25’, Filipe Luis pôs em campo Cebolinha, De La Cruz e Saul, mudou o meio de campo e foi pra cima, ousado.  Luiz Enrique lançou Dembelé, tido como o melhor do mundo (?), aos 30’.  Um final quente, indefinido. 
 - Aos 35’, num sufoco dos franceses, Rossi salvou, evitou o desempate. Na volta, chances brasileiras com Pedro e, depois, Plata; ambos erraram o alvo.  Aos 48’, quase Dembelé fez, Ortiz salvou com Rossi já ‘vendido’. 
Pau a pau, até os 49’, e deu empate, forçando uma prorrogação; mais 30 minutos, 15 pra cada lado.  
- A Prorrogação:
  - Pernas cansadas, menos fôlego, um ritmo mais cadenciado; melhor pros brasileiros, trabalhando melhor na troca de passes. O PSG, então, mais reativo, incomodando pouco na ofensiva. Aos 103, 104min, duas tentativas francesas, sem êxito; Rossi trabalhando. Os primeiros 15min sem gols, poucas chances criadas de lado a lado. Exaustão, passes errados...
- Nos 15 minutos finais, o tudo ou nada. Aos 2min, Ndjantou arriscou de longe, passou perto. Samuel Lina em campo, saiu Plata.  Aos 4’, Luiz Araújo arrematou, por cima. Aos 18’, Dembelé arriscou, forte, Rossi espalmou. Os franceses reclamaram de um pênalti, o árbitro nem tchum, o VAR não chamou. 
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 Com o empate, também na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis (cobrança de tiros diretos da marca penal). O goleiro russo Safonov catou quatro cobranças, incrível!
Deu PSG!  2 x 1. 
  
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Destaques 

No Flamengo, a dupla de zaga (Ortiz e Leo), Varela, Plata...  deram tudo e mais alguma coisa.    
No PSG, Vitinho, Nuno Mendes, Ruiz... e o goleiro russo Safonov (catou 4 pênaltis), virou herói, deu o título aos frnceses.   
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Ficha Técnica:

- O PSG/ Paris Saint-Germain: Safonov, Zaire Emery, Marquinhos, Pacho, Nuno Mendes; Vitinha, Fabian Ruiz (Ndjantou), J. Neves; Doué (Dembelé), Lee Kang In (Mayulu/ Barcola) e Kvaratskhelia (Bayle)
- O Flamengo: Rossi, Varela, Leo Ortiz, Leo Pereira, Alex Sandro; Pulgar (De la Cruz), Jorginho (Saul), Arrascaeta (Cebolinha); Plata (Samuel Lino), Bruno Henrique (Luiz Araújo) e Carrascal (Pedro).  

- Arbitragem de Ismail Elfath (Marroquino de nascença, apita no EUA). Marcou um pênalti, cá pra nós, meio ‘mandrake’, em favor do Flamengo; o gol do empate. Rrsrsr 
Um outro, bem mais claro em favor dos franceses, na prorrogação, ele nem deu bola, o VAR também não chamou. 

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  Copa do Brasil 

  À noite, nesta quarta-feira, dia 17, às 21h, na Neo Química Arena do ‘Coringão’ paulista, o primeiro confronto decidindo o título de Campeão da Copa do Brasil 2025, valendo taça/troféu e uma classificação direta para a Libertadores 2026:  
- Corínthians x Vasco da Gama. 
O jogo de volta, o da entrega da taça será domingo, no Maracanã, fechando a temporada do futebol brasileiro, enfim.