Política

TRÊS MINISTROS DE LULA AGRACIADOS EM ASSEMBLEIAS; RENAN ACÁ NÃO VEIO

Por que tantas honrarias para pessoas que sequer conhecem os estados que são homenageados?
Tasso Franco ,  Salvador | 29/10/2025 às 10:28
Jader Filho recebe titulo na Assembleia da Bahia
Foto: Ag ALBA
   Só na semana passada três ministros de Estado receberam homenagens em Aassembleias Legislatics. Dois deles na Bahia (Transporte e Cidades) e um no Ceará (Justiç) este último justamente no dia do massacre do Rio em que o governador acusa o governador federal de não atender suas demandas na área de segurança.

   Na última sexta-feira (24), o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, foi agraciado com o Título de Cidadão Baiano. A honraria foi proposta pela deputada Maria del Carmen (PT), que destacou a contribuição do ministro para o desenvolvimento urbano em todo o país, com atenção especial à Bahia. A solenidade ocorreu no Plenário Orlando Spínola e foi conduzida pela vice-presidente da ALBA, Fátima Nunes (PT).

Após a composição da mesa, ao som de We Are Carnaval (Nizan Guanaes) – interpretada pelos músicos Ricardo Sibaldi (flauta) e Jandson Nolasco (piano) –, o homenageado foi conduzido ao plenário pelo presidente do MDB Bahia, Jayme Vieira Lima, pelos deputados Rogério Andrade (MDB) e Matheus Ferreira (MDB), e pelo diretor da Desenbahia, André Fidalgo. Em seguida, foram executados o Hino Nacional e o Hino ao 2 de Julho.

Para a entrega do título, a vice-presidente Fátima Nunes convidou os deputados Rogério Andrade (MDB) e Marcelino Galo (PT), além do diretor da Desenbahia, André Fidalgo, para compor a mesa. Ao som de Reconvexo (Caetano Veloso), o ministro recebeu a placa honorífica sob aplausos do público, formado por lideranças políticas, amigos e correligionários que lotaram o plenário e as galerias Paulo Jackson.

Jader Filho agradeceu a deputada Maria del Carmen pela proposição e afirmou que receber o título aumenta sua responsabilidade com o povo baiano. “A partir de agora, posso dizer que sou um cidadão baiano, mais um de vocês. Tenho só que agradecer e retribuir com mais trabalho”, declarou.

RENAN NÃO VEIO

  Já o ministro dos Transportes, Renan Calheiros Filho (MDB), cancelou a participação na cerimônia em que receberia o título de Cidadão Baiano. A homenagem seria concedida nesta sexta-feira (24), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). 

De acordo com informações divulgadas pela ALBA, o ministro dos Transportes cancelou sua presença devido a uma audiência que teria na manhã desta sexta-feira, em Brasília, e que não conseguiu remarcar. A entrega da homenagem será remarcada, mas ainda não há data para o ministro receber o título.

O cancelamento da participação de Renan ocorreu após uma manifestação de instrutores e representantes de autoescolas contrários à concessão da honraria. O ministro é um entusiasta da proposta do governo federal que acaba com a obrigatoriedade das aulas teóricas para novos condutores obterem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Nas redes sociais, a divisão baiana do MDB, partido ao qual o ministro é filiado, fez diversas postagens celebrando a homenagem a Renan e convidando o público para acompanhar a sessão. 

MINISTRO DA JUSTIÇA

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse nesta terça-feira (28) não ter recebido qualquer pedido do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, relacionado à megaoperação sangrenta contra o Comando Vermelho (CV), que já registrou 64 mortes na Zona Norte do Rio de Janeiro.

“Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública, para esta operação, nem ontem, nem hoje, absolutamente nada”, afirmou Lewandowski à imprensa. A declaração foi feita durante cerimônia na Assembleia Legislativa do Ceará, onde recebia o título de Cidadão Cearense.

O ministro ressaltou que a responsabilidade constitucional pela segurança pública nos estados é das autoridades locais, ou seja, do governador, e detalhou que operações complexas como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) seguem regras rigorosas previstas na Constituição e na Lei Complementar 97 de 1999. Entre os pré-requisitos, está o reconhecimento da falência dos órgãos de segurança estaduais e a solicitação formal das forças federais para execução da operação.