Com informações da imprensa colombiana
Tasso Franco , da redação em Salvador |
20/10/2025 às 14:48
Gustavo Petro
Foto: PR COMOLBIA
As relações entre os Estados Unidos e a Colômbia atingiram o ponto mais baixo da história recente neste fim de semana. No domingo, o presidente Donald Trump acusou seu colega Gustavo Petro de ser um "traficante de drogas" e anunciou a suspensão total da ajuda e dos subsídios de Washington ao país.
Os Estados Unidos anunciaram a retirada de sua ajuda financeira ao governo do presidente Gustavo Petro, a quem o presidente republicano Donald Trump descreveu como um "líder do narcotráfico". O anúncio ocorre em meio ao aumento das tensões no Caribe após um ataque de navios americanos a uma embarcação supostamente ligada ao ELN, que deixou três mortos.
As relações entre os dois países, historicamente aliados, estão em seu ponto mais baixo desde o retorno de Trump à Casa Branca e os comentários de Petro contra o presidente americano.
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"A Colômbia nunca foi rude com os Estados Unidos; pelo contrário, valorizou profundamente sua cultura. Mas vocês são rudes e ignorantes", respondeu Petro na rede X após tomar conhecimento do anúncio. O presidente colombiano insistiu que a "guerra às drogas" de Washington "é uma estratégia fracassada" que deixou "um milhão de mortos na América Latina".
COMÉRCIO SUSPENSO
O presidente Gustavo Petro declarou nesta segunda-feira que o Acordo de Livre Comércio (ALC) com os Estados Unidos está "de fato suspenso" desde que o governo Donald Trump impôs tarifas de 10%. Ele anunciou que anunciará as decisões sobre a nova crise com Washington durante a reunião de gabinete convocada para esta noite.
"O ALC está de fato suspenso e por decisão unilateral do governo dos EUA. Ao impor tarifas de 10%, o tratado de ALC já foi violado e as antigas preferências tarifárias que mantinham a Colômbia sob controle dos EUA tornaram-se nulas e sem efeito. Elas foram quebradas unilateralmente pelos EUA, não por nós, e nos deixam livres. Não tenhamos medo de ser livres. Temos o mundo inteiro pela frente. Vamos trabalhar para explorá-lo, compreendê-lo e seduzi-lo", afirmou o presidente.