Política

SHOWS EM SÃO JOÃO E SÃO PEDRO TODOS IGUAIS CAMAROTIZARAM FESTEJOS BA

Os festejos juninos se transforam em imensos shows em praças e estádios com pagamento milionários a artistas nacionais
Tasso Franco , da redação em Salvador | 29/06/2025 às 19:45
Esse modelo de Jequié aconteceu em dezenas de cidades, todos iguais, camarotizados
Foto: DIV
    MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. A hipocrisia campeia na política baiana, a dissimulação de terminados segmentos age de maneira incoerente exigindo dos outros um comportamento que ela mesma não adota. Assim nos parece políticos vinculados ao PT, PSOL, PCdoB e PSB considerados de esquerda que criticam com veemência a camarotização do Carnaval de Salvador, da Prefeitura sob o comando de um político do UB, e nada falam da camarotização dos festejos juninos na Bahia - São João e São Pedro - muitos eventos de shows bancados por aliados desses partidos e, na Bahia, sob o comando de um governador petista.

   2. Ora, o pau que dá em Francisco deveria se dar em Chico, mas sobre a camarotização dos festejos juninos nada cometam e participam dos shows. Há, em andamento, uma descaracterização desses festejos com a implantação do modelo de grandes shows com artistas de outros estados desvinculados da cultura do forró, a música típica desse momento cultural, pagos com cachês astronômicos pelos governos municipais e governos do estado (Sofitur) e federal (Caixa).

   4, Tal como no Carnaval de Salvador os gestores municipais, estaduais e federais não vão para o rés-do-chão nesses festejos e se apoderam em camarotes, muitos dos quais, como no Carnaval de Salvador, são privatizados e no São João a cada dia se pagou entre R$500,00 e R$1.000,00 o ingresso por noite com o digito de "all incluse" (tudo incluído) em cervejas. Os demais itens servidos nos camarotes juninos foram pagos: pratos quentes, cozinhas, pastéis, etc.

   5. Portanto, causa espécie que os políticos da esquerda tão dispostos em criticar o modelo do Carnaval de Salvador com uma PPP da indústria de bebidas que banca os custos de uma parte do evento nada falam do showjoão e do showpedro, em modelo idêntico. Neste 2025, em Salvador, a oposição ao prefeito chegou a judicializar a instalação de uma passarela ligando o Morro Ipiranga a um camarote.  

   6. No interior da Bahia durante o São João foi a mesma coisa: áreas com PPP, empresas de porte com assinaturas expostas nos eventos, marcas dos governos, enfim festejos midiatizados sem respeita a cultura popular.

   7. Agora - tal como no Carnaval de Salvador - surgem as reclamações pós-eventos como as do prefeito de Jequié, José Cocá, chamando a cantora Ana Castela de "mal educada" e esta afirmando que o prefeito é mentiroso; reclamações de agressões e brigas nos shwos e nos camarotes; ausência de artistas programados e que não apareceram; outros que só se apresentaram no dia a raiar, enfim, algo que ninguém vai apurar com detalhes porque há uma engrenagem empresarial bem estruturada por detrás de tudo isso.
   
   8. Os festejos juninos na Bahia se engessaram, tudo igual uns aos outros parecendo um caminhão carregado de japoneses, no modelo grande palco, luzes, muitas luzes, cantores famosos, decoração embromatória junina com bandeirolas, camarotes e áreas para a população de uma forma geral as pessoas apinhadas, entulhadas, com tanta gente que havia cidades onde se mexer nos espaços era quase impossível. 

   9. Esse modelo showzão se espalhou por toda Bahia entendendo os prefeitos que esse modelo agrada a população e ponto final.
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  10. O deputado estadual e presidente do Solidariedade Bahia, Luciano Araujo, da base governista fez um pedido de recuperação das estradas que cortam a Região Sisaleira, com ênfase na BA-120, importante via que interliga diversos municípios do interior baiano e que atualmente apresenta condições precárias.

   11. A solicitação, já feita anteriormente pelo parlamentar, ganha nova relevância neste momento de intensa movimentação nas estradas, por conta das celebrações de São Pedro, especialmente no município de Retirolândia, que atrai grande público.

  12. “A situação da BA-120 tem preocupado moradores e visitantes. Estamos falando de uma rodovia estratégica para o escoamento da produção, o acesso aos serviços e o fortalecimento da cultura regional. A trafegabilidade comprometida coloca em risco a segurança das pessoas e afeta diretamente a economia local”, afirmou Luciano Araujo.

  13. O deputado segue acompanhando de perto a situação da região e espera que providências sejam adotadas o quanto antes pelos órgãos competentes. “Nosso papel é cobrar, sugerir e acompanhar. Tenho confiança de que essa demanda será acolhida com a atenção que merece”, completou.

  14. Diante da ausência de esclarecimentos oficiais sobre a viagem do prefeito Bruno Reis ao exterior, "de férias", sem ter comunicado à Câmara Municipal ou transferido o cargo para a vice-prefeita Ana Paula Matos, a vereadora Aladilce Souza, líder da bancada da oposição, protocolou, neste domingo (29), ofício dirigido ao secretário de governo, Cacá Leão, solicitando informações sobre a falta de representação 
institucional. 

  15. "Causa estranhamento, inclusive, o fato de que o nome do prefeito segue como responsável por atos publicados no Diário Oficial, sem qualquer informação oficial sobre sua localização, período da ausência ou designação interina para o exercício da função", registrou, observando que essa postura chega a ser constrangedora para a vice, que foi eleita com essa finalidade e já demonstrou estar à altura do cargo, assumindo anteriormente a gestão de três secretarias estrategicas.

  16. No ofício a vereadora solicita: 1- Confirmação oficial da viagem do prefeito Bruno Reis, com local de destino, data de início e previsão de retorno; 2 - Informação sobre quem está, de fato, respondendo pelos atos administrativos  da Prefeitura neste período; 3- Esclarecimento sobre os motivos da não transmissão formal do cargo à vice-prefeita Ana Paula Matos.

  19. Aladilce reforça que "a vice-prefeita foi eleita junto ao prefeito para cumprir a importante missão de garantir a continuidade institucional da cidade em eventuais ausências do titular". 

  20. E argumenta: "A ausência de um ato formal nesse sentido representa não apenas um risco à legalidade dos atos administrativos, mas também um desrespeito ao compromisso republicano com a transparência, a equidade e a democracia". Ressalta, também, que a requisição decorre do poder de fiscalização 
previsto na Lei Orgânica do Município de Salvador, "bem como do previsto no art. 10, da Lei Federal nº 12.527/2011", aguardando que as informações sejam encaminhadas com "a urgência que a situação requer".

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