Orçamento de R$ 13 bilhões para 2026 prevê metade dos recursos destinados a saúde e educação
Tasso Franco , Salvador |
17/06/2025 às 19:59
Presidente Carlos Muniz comemora 200 projetos de vereadores aprovados
Foto: Antonio Queiros
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (17), no Plenário Cosme de Farias, da Câmara Municipal de Salvador, os vereadores aprovaram a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026, de autoria do Executivo Municipal. O texto estabelece diretrizes para o orçamento do próximo ano, com recursos estimados em R$ 13 bilhões, dos quais 50% serão destinados a áreas prioritárias, como saúde e educação.
O Projeto de Lei do Executivo Municipal nº 173/2025 foi aprovado com emendas e voto contrário da bancada de oposição. Além disso, quase 200 matérias de autoria de vereadores, entre projetos de indicação, requerimentos e moções, também foram aprovadas. Com a votação da LDO, os vereadores entram em recesso entre o dia 30 de junho e 31 de julho.
O presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), destacou o entendimento entre as comissões para a aprovação de uma das principais peças do Orçamento do Município que, conforme ele, contribuirá para atrair investimentos, gerar empregos e impulsionar a economia local. “Trazer cada vez mais benefícios para a nossa cidade e, por isso, a votação em maioria”, frisou o presidente.
Segundo a líder da bancada de oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), como a LDO integra o conjunto de projetos que compõem o orçamento público municipal e define diretrizes para o planejamento e as prioridades de investimento da cidade, o entendimento da oposição foi de que a proposta apresentada não refletia as reais necessidades e demandas da população soteropolitana.
“A LDO, em Salvador, precisaria apresentar diretrizes que contribuíssem para reduzir as desigualdades sociais e econômicas e nós não vemos isso nessa peça. Observamos, por exemplo, uma previsão de redução de gastos na área de emprego e renda, nas políticas de manutenção da cidade e no meio ambiente, justamente em um momento de crise ambiental e climática. Portanto, deveríamos ter aumento de investimentos, não cortes”, disse a vereadora.
Falta de acordo
Por falta de acordo entre os blocos do governo e da oposição, 10 das 182 proposições apresentadas pelos vereadores — entre indicações, moções e requerimentos — foram objeto de rejeição.
Sobre a votação, o líder da bancada do governo, vereador Kiki Bispo (União), destacou a responsabilidade do grupo com aquilo que é melhor para a cidade. “A oposição é testemunha de quantos projetos de lei este líder já intermediou e debateu, inclusive para que fossem aprovados pelo Executivo, sempre com muito respeito ao papel desta Casa”, ressaltou Kiki Bispo.