Na segunda-feira, o exército israelense emitiu seu primeiro alerta de evacuação para a capital do Irã, instando as pessoas em uma publicação nas redes sociais a deixarem imediatamente um distrito no nordeste de Teerã antes dos ataques planejados contra "infraestrutura militar" nas "próximas horas". O alerta veio enquanto Israel e Irã trocavam ataques sangrentos pelo quarto dia. O Irã lançou mísseis contra Israel no início do dia, matando pelo menos oito e ferindo dezenas, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro.

 O ataque ocorreu depois que as Forças de Defesa de Israel disseram que estavam atingindo locais de mísseis terra-terra no centro do Irã. Em um ataque, Israel disse que atingiu centros de comando da Força Quds do Irã, o braço da Guarda Revolucionária que coordena o apoio às forças representativas em toda a região. A alegação não pôde ser verificada imediatamente, mas seria o mais recente golpe para a proeza militar do Irã. No Irã, pelo menos 224 pessoas foram mortas, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Hossein Kermanpour. O gabinete do primeiro-ministro israelense relatou 24 mortes no total.

Ataques iranianos durante a noite mataram pelo menos oito pessoas em Israel, informaram as Forças de Defesa de Israel na segunda-feira — elevando para 24 o número de mortos relatado pelas autoridades israelenses desde sexta-feira. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Effie Defrin, disse que os oito mortos durante a noite eram civis e acusou o Irã de ter como alvo "centros populacionais". Impactos dos ataques foram relatados durante a noite no centro de Israel e em Haifa, uma cidade portuária no norte do país.

Israel atacou instalações de produção de energia e fábricas em todo o Irã no domingo, enquanto moradores de Teerã descreviam a onda de ataques mais pesada até o momento. Na cidade central de Isfahan, as Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram ter atacado cerca de 100 instalações militares. De acordo com vídeos de redes sociais e relatos da mídia estatal, os ataques também atingiram aeroportos e delegacias de polícia iranianos. O porta-voz do Ministério da Saúde iraniano, Hossein Kermanpour, disse que pelo menos 224 pessoas foram mortas desde que Israel iniciou sua campanha militar na sexta-feira.

O presidente Donald Trump disse a repórteres no domingo que "é hora de um acordo" entre Irã e Israel que alivie as tensões. Mas, acrescentou, "às vezes eles precisam lutar para resolver as coisas".

O chefe da agência nuclear da ONU, Rafael Mariano Grossi, disse na segunda-feira que não havia sinais de ataque físico à seção subterrânea da instalação iraniana de enriquecimento de urânio de Natanz — embora outras seções tenham sofrido danos em ataques israelenses na sexta-feira. Especialistas disseram ao The Washington Post que os ataques israelenses não parecem ter destruído as centrífugas de enriquecimento ou o material enriquecido enterrado no subsolo.

BEIRUTE — Não há indícios de ataque físico à seção subterrânea da usina de enriquecimento de urânio de Natanz, no Irã, afirmou Rafael Mariano Grossi, chefe da agência de vigilância nuclear da ONU, na segunda-feira.

"Não houve indícios de ataque físico à área subterrânea da cascata que contém parte da Usina Piloto de Enriquecimento de Combustível e da Usina Principal de Enriquecimento de Combustível", disse Grossi, que lidera a Agência Internacional de Energia Atômica.

FORÇA QUDS

Israel anunciou na segunda-feira que atingiu o centro de comando da Força Quds de elite do Irã, enquanto o confronto mais feroz e mortal da história do conflito israelense-iraniano entrava em seu quarto dia.

Com o aumento das baixas civis em ambos os lados, a guerra parece provável que dure mais de uma semana. Israel está intensificando seus esforços para destruir as capacidades nucleares e militares do Irã, e o Irã continua a revidar com enormes barragens de mísseis balísticos, deixando civis de ambos os lados cada vez mais temerosos e se preparando para o que está por vir.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS

A Confederação Nacional de Municípios confirmou que uma comitiva de políticos brasileiros deixou Israel e chegou em segurança à Jordânia, nesta segunda-feira (16).

De acordo com as informações divulgadas, o grupo ultrapassou a fronteira terrestre entre os dois países de ônibus, na manhã desta segunda (horário de Brasília).

Segundo apurou a GloboNews, a previsão é que eles embarquem rumo ao Brasil em um jato particular, organizado pelo prefeito de Belo Horizonte.

Veja a lista de integrantes da comitiva:

Álvaro Damião Vieira da Paz – prefeito de Belo Horizonte (MG)

Cícero de Lucena – prefeito de João Pessoa (PB)

Welberth Porto – prefeito de Macaé (RJ)

Johnny Maycon – prefeito de Nova Friburgo (RJ)

Claudia da Silva – vice-prefeita de Goiânia (GO)

Janete Aparecida Silva Oliveira – vice-prefeita de Divinópolis (MG)

Márcio Lobato Rodrigues – Secretário de Segurança Pública de Belo Horizonte (MG)

Davi de Mattos Carreiro – chefe executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas)

Gilson Chagas – secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ)

Francisco Vagner Gutemberg de Araújo – secretário de Planejamento de Natal (RN)

Flavio Guimarães Bittencourt do Valle – vereador do Rio de Janeiro (RJ)

Francisco Nélio – tesoureiro da Confederação Nacional de Municípios (CNM)

Mais cedo, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, explicou que o grupo era formado, até a noite de domingo (15), por 13 pessoas. Porém, um dos passageiros teria desistido em razão do risco de bombardeios no trajeto.

O secretário de Planejamento de Natal (RN), Francisco Vagner Araújo, afirmou ao g1 que, dos 18 integrantes deste grupo de gestores municipais, 12 decidiram fazer a viagem.

"Fomos o primeiro grupo a sair. Alguns brasileiros e os de outros países que estavam com a gente preferiram ficar por receio de fazer esse percurso até a fronteira diante de algum risco de incidentes. Dos 18 brasileiros, viemos 12", relatou.

nota do prefeito de joão pessoa

A Prefeitura de João Pessoa confirmou, na manhã desta segunda-feira (16), que o prefeito Cícero Lucena e outros onze integrantes da comitiva de autoridades municipais brasileiras deixaram Israel em segurança, após dias de tensão provocados pela escalada do conflito no Oriente Médio.

O retorno ao Brasil está previsto para esta terça-feira (17). O prefeito será acompanhado pelo deputado federal Mersinho Lucena, que o aguarda na Arábia Saudita.

A saída do grupo ocorreu por volta das 8h (horário de Brasília), por via terrestre até a Jordânia, com apoio das forças de segurança locais.

O deslocamento foi coordenado em articulação com o Palácio do Itamaraty e contou com o suporte de autoridades brasileiras e da diplomacia internacional.

“Foram dias difíceis, longe de casa, acompanhando de perto o sofrimento de um povo marcado pela guerra. Voltamos com o coração apertado, mas com a certeza de que a paz ainda é um caminho possível”, declarou o prefeito por meio de mensagem à sua equipe.

Cícero Lucena participava, desde o dia 9 de junho, do Muni Tour 2025 — um programa internacional promovido pela Mashav, agência de cooperação do governo de Israel, voltado à promoção de soluções inovadoras para o desenvolvimento urbano e segurança cidadã.

A missão reunia gestores públicos de países lusófonos e representava uma oportunidade estratégica para a capital paraibana.

“A emoção e a gratidão são imensas. A solidariedade recebida nestes dias, vinda de autoridades, familiares, amigos e cidadãos anônimos, foi fundamental para manter nossa esperança”, expressou o prefeito.

Confira NOTA NA ÍNTEGRA

A Prefeitura de João Pessoa informa que, por volta das 8h da manhã (horário de Brasília) desta segunda-feira (16), o prefeito Cícero Lucena e outros onze membros da comitiva de autoridades municipais brasileiras conseguiram deixar Israel em segurança, atravessando por via terrestre até a Jordânia, com o apoio das forças de segurança locais.

Foram dias de tensão e incerteza, em que nossos compatriotas vivenciaram de perto o medo e a angústia provocados pela escalada do conflito no Oriente Médio. A dor do povo israelense e iraniano foi compartilhada também por aqueles que, longe de casa, buscavam cumprir uma missão de paz e aprendizado.

A Prefeitura agradece, com profundo reconhecimento, aos esforços do Palácio do Itamaraty, do Congresso Nacional e de outras autoridades brasileiras, que atuaram incansavelmente para garantir a proteção e o deslocamento seguro da comitiva.

O prefeito Cícero Lucena já se comunicou com sua equipe em João Pessoa e expressou sua emoção e gratidão pelas orações, mensagens e gestos de solidariedade recebidos durante esses dias difíceis — vindos de autoridades, familiares, amigos e cidadãos comuns.

O retorno ao Brasil está previsto para esta terça-feira (17), e será acompanhado pelo deputado federal Mersinho Lucena, que o aguarda na Arábia Saudita.

Cícero Lucena estava em Israel desde o último dia 9, participando do Muni Tour 2025 — programa de cooperação internacional promovido pela Mashav, agência do governo israelense voltada ao desenvolvimento. A missão técnica reunia gestores públicos de países de língua portuguesa em busca de soluções inovadoras para segurança cidadã e desenvolvimento urbano sustentável.

A participação do prefeito representava uma oportunidade estratégica para João Pessoa. No entanto, diante do agravamento do conflito, a missão foi interrompida.