Com Le Monde informações
Tasso Franco , Salvador |
24/02/2022 às 09:47
Destruição nos arredores de Kiev
Foto: Le Monde
Forças russas entraram na região de Kiev a partir da Bielorrússia para realizar um ataque com mísseis Grad contra alvos militares, disseram guardas de fronteira ucranianos em comunicado nesta quinta-feira. Um jornalista da Agence France-Presse notou a presença de vários helicópteros não identificados voando em grupos a baixa altitude nos subúrbios de Kiev, capital ucraniana.
O local do Serviço Nacional de Guarda de Fronteiras da Ucrânia danificado por bombardeios na região de Kiev, Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Faustine Vincent, jornalista do Le Monde, retransmite um vídeo que mostra o ataque maciço das forças russas ao aeroporto Antonov, nos subúrbios da capital, em Hostomel (Gostomel em russo).
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, condenou na quinta-feira a invasão da Ucrânia pela Rússia: "Israel condena este ataque russo à Ucrânia, que constitui uma grave violação da ordem mundial.
Durante esta conferência de imprensa, o Sr. Lapid também insistiu nos “laços antigos, profundos e estreitos” que unem Israel à Rússia e à Ucrânia. Ele também expressou preocupação com as “dezenas de milhares de israelenses e centenas de milhares de judeus” que vivem na Rússia e na Ucrânia, dizendo que sua proteção era a prioridade de Israel.
A FRANÇA
Paris ativa uma unidade de crise para ajudar os franceses na Ucrânia. O Ministério das Relações Exteriores ativou sua célula de crise na quinta-feira para "coordenar o apoio e acompanhamento de cidadãos franceses que ainda estão em território ucraniano", após o ataque da Rússia à Ucrânia, segundo um comunicado de imprensa. "As recomendações serão enviadas à comunidade francesa em tempo real à medida que a crise evolui", sublinha o Quai d'Orsay, que na quarta-feira pediu a todos os cidadãos franceses que "saiam sem demora" da Ucrânia.
Os países membros da União Européia importam 40% de suas necessidades de gás da Rússia, com forte heterogeneidade entre os Vinte e Sete. A Eslováquia e a Áustria abastecem-se exclusivamente da Rússia. Por outro lado, a Espanha não compra nada de Moscou. Na Hungria e na Finlândia, 80% da oferta é russa; essa porcentagem cai para 50% na Alemanha, é pouco mais de 20% na França.
O Kremlin, portanto, tem poder real sobre seus vizinhos. Especialmente porque membros de países exportadores de gás, incluindo o Catar, alertaram na terça-feira que tinham capacidade limitada para aumentar rapidamente os suprimentos para a Europa. E nos últimos meses, as tensões entre Bruxelas e Moscou sobre a Ucrânia já contribuíram para o aumento dos preços do gás no mercado europeu.