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Tasso Franco , da redação em Salvador |
29/03/2021 às 12:34
PMs no Rio Vermelho durante controle do toque de recolher
Foto: Fernando Vivas
Nas redes sociais, deputados bolsonaristas homenagearam o policial militar Wesley Soares Góes, que efetuou disparos no Farol da Barra, em Salvador, no último domingo, 29. Após um período de negociações de cerca de três horas e meia com o Bope (batalhão de operações especiais), o PM disparou contra os policiais e foi atingido com pelo menos dez tiros. Ele foi levado ao Hospital Geral do Estado, onde morreu.
O policial, que tinha o rosto pintado de verde e amarelo, afirmava durante o cerco que não iria “permitir que violem a dignidade e a honra de um trabalhador”, aparentemente se referindo às ações policiais para garantir o fechamento das atividades comerciais e a implantação das restrições estabelecidas no plano do governo para conter o avanço do novo coronavírus.
Os apoiadores mais ideológicos do presidente Jair Bolsonaro passaram a compartilhar nas redes sociais posts com vídeos da ação e homenagens ao policial, que chegou a ser chamado de “herói” pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. “Soldado da PM da Bahia abatido por seus companheiros. Morreu porque se recusou a prender trabalhadores. Esse soldado é um herói”.
A deputada também chamou as medidas restritivas do estado de “ordens ilegais do governador Rui Costa”. Depois, ela apagou o tuite.
ATO POLITICO
Aconteceu um ato politico do Largo do Farol da Barra nesta segunfa-feira com participação de policiais militares e deputados, o protesto também reuniu apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e comerciantes insatisfeitos com as medidas restritivas diante da pandemia do novo coronavírus no estado.