Política

COVID: MORRE EX-GOVERNADOR DE SERGIPE JOÃO ALVES FORMADO PELA UFBA

Com informações dos jornais de Sergipe
Tasso Franco , da redação em Salvador | 25/11/2020 às 09:29
João Alves Filho, 79 anos
Foto: DIV
O ex-governador João Alves Filho (DEM) faleceu na madrugada desta quarta-feira (25) aos 79 anos. Ele estava internado desde a quarta-feira (18), na UTI do Hospital Sírio Libanês, após sofrer uma parada cardíaca em seu apartamento em Brasília, onde morava com a senadora Maria do Carmo Alves (DEM).

Já no hospital, o ex-governador apresentou quadro de infecção pulmonar, que levou a realização de exame para covid-19 após e a confirmação na sexta-feira (20). Depois o problema de saúde se agravou com a paralisação das funções renais e respiração somente com ajuda de aparelhos. No domingo (22), a equipe médica que o acompanha considerou irreversível o quadro clínico apresentado por ele.

João Alves Filho deixa esposa e três filhos: João Alves Neto, Maria Cristina Alves e Ana Maria Alves; além de netos.

Ainda não há informações sobre local e horário do velório e sepultado do corpo do ex-governador. A informação é de que a senadora pensa em cremação em Brasília, pelo fato dele ter contraído o vírus e trazer as cinzas para Sergipe.


Biográfico de João do Povo

João Alves Filho nasceu em Aracaju no dia 3 de julho de 1941, filho do empresário da construção civil João Alves e de Maria de Lourdes Gomes. Em 1960 assumiu o cargo de diretor técnico da construtora de propriedade de sua família. Um ano depois, ingressou na Escola Politécnica da Universidade da Bahia, pela qual se graduou em engenharia civil em 1965. No mesmo ano fundou e assumiu a presidência da “Habitacional Construções S.A.”, que viria a ser uma das maiores empresas de construção civil do Nordeste. Do seu casamento com Maria do Carmo Alves, teve três filhos.

Iniciou-se na política em 1975, por intermédio do então governador de Sergipe, José Rolemberg Leite, que o nomeou prefeito de Aracaju. Filiado à Arena, tornou-se muito popular durante sua gestão, adquirindo a fama de tocador de obras e administrador competente. Ao longo de sua gestão, encerrada em 1979, não teve nenhum de seus projetos derrubados pela Câmara Municipal, embora a maioria dos vereadores fosse filiada ao MDB, partido de oposição.

Após o fim do bipartidarismo em novembro de 1979, entrou para o PP. Pouco tempo depois, afastou-se da vida partidária e voltou às atividades empresariais, sob o argumento de que o PP se tornara inviável no estado. Em fevereiro de 1982, o partido acabou sendo incorporado ao PMDB, como forma de enfrentar a situação política decorrente da aprovação pelo Congresso, em dezembro de 1981, do pacote de reformas da legislação eleitoral proposto pelo presidente João Figueiredo.

Entre suas obras estão a Orla de Atalaia, a maior obra já feita no setor turístico; e a Ponte Construtor João Alves, que liga Aracaju a Barra dos Coqueiros. Também foi responsável pelo programa Chapéu de Couro, voltado a construção de açudes para amenizar os impactos da seca no sertão.