Política

PRISÃO DE FABRÍCIO QUEIROZ É RUIM PARA O GOVERNO DIZ LIDER DO PSL

Com informações de Veja
Tasso Franco , da redação em Salvador | 18/06/2020 às 15:19
Queiroz já está no Rio de Janeiro
Foto: Policia Civil
O senador Major Olimpio (PSL-SP) afirmou que a prisão preventiva do ex-assessor do também senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando este era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Fabrício Queiroz, é “preocupante para o governo” do presidente Jair Bolsonaro. Queiroz foi preso em uma ação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) com a Polícia Civil de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 18, em um imóvel do advogado de Flávio e do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wasseff, em Atibaia, no interior de São Paulo.

“[A prisão de Fabrício Queiroz] É preocupante para o governo, sem dúvida. Os sinais iniciais dizem tudo. O presidente, ao sair da residência oficial, desce para cumprimentar apoiadores e dar a sua mensagem do dia. São mensagens simbólicas porque possuem trechos contundentes que mobilizam seus apoiadores. Ontem, ele deixou no ar, disse que estava chegando o momento de colocar cada um no seu lugar. Hoje não parou. Significa que não tem o que dizer”, afirmou Major Olimpio a VEJA.

Para o líder do PSL no Senado, o fato de Queiroz ter sido encontrado em um imóvel de Wasseff revela que ainda há uma grande proximidade entre Flávio e o ex-assessor. “Só demonstra que ele estava muito mais próximo do Flávio do que, até então, o próprio Flávio afirmava”, disse.

O deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), líder do partido na Câmara, afirmou que o episódio causará “ruído no Congresso”, mas ressaltou que as principais lideranças “têm outras agendas para cuidar”. “Pelo olhar do Congresso, é prematuro emitir qualquer opinião, vamos aguardar desdobramentos na área da Justiça. Temos outras agendas para cuidar. Vai gerar ruído no Congresso, principalmente por parte da oposição, mas o Congresso tem que estar concentrado na agenda da pandemia e da retomada da economia”, afirmou a VEJA.