Política

BOLIVIA TEM 6 MORTES NOS CONFRONTOS DA POLICIA X APOIADORES DE EVO

Com informações do La Razon
Da Redação , Salvador | 16/11/2019 às 08:49
Cocalero ferido em Cochabamba
Foto: La Razon
Os violentos confrontos em Sacaba deixaram seis plantadores de coca mortos por um tiro de Chapare e dois em estado crítico, além de dezenas de feridos hospitalizados no hospital mexicano de Sacaba e Viedma de Cochabamba.

O balanço é resultado do confronto entre os plantadores de coca e policiais e militares que apostaram em uma extremidade da ponte Huayllas, em Sacaba, para impedir que os mobilizados, que rejeitam o governo de Jeanine Áñez e apoiam Evo Morales, vão para a cidade de Cochabamba .

Cinco dos mortos estão em Sacaba e um na cidade de Cochabamba. De acordo com um relatório médico, ele chegou sem vida, enquanto outros dois estão em estado crítico porque têm "lesão cerebral grave com exposição à massa cerebral".

O representante do Escritório do Ombudsman em Cochabamba, Nelson Cox, confirmou sexta-feira à tarde a morte por impactos de tiros de cinco plantadores de coca em Sacaba, em meio aos confrontos dos plantadores de coca com policiais e militares.

Um relatório semelhante foi dado à noite pelo ministro da Presidência, Xerxes Justiniano. Ele relatou que, na morte de cinco plantadores de coca, "armamento militar" foi usado, mas disse que existe uma hipótese de que eles foram infiltrados no lado dos mobilizados porque um dos mortos foi baleado nas costas.

Também foi relatado que os plantadores de coca carregavam armas, explosivos e objetos contundentes para atacar os uniformizados. De fato, a polícia informou que dois de seus veículos foram atacados e mostraram os impactos das balas.

Mais de 110 pessoas foram presas. Sob o grito de "Murderous Añez!", Os plantadores de coca marcharam pelas ruas de Sacaba com os caixões das cinco pessoas que perderam a vida.

O produtor de coca Leonardo Loza disse à rede multimídia da Kawsachum Coca que os trópicos estão de luto.


"Mais uma vez eles nos massacraram, mas continuaremos com mais força na luta", alertou e observou que o uso desproporcional de policiais e militares é condenado até pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Loza pediu que todas as instituições de Cochabamba e o resto da Bolívia colocassem um crepe preto no tricolor nacional e na wiphala.

Áñez denunciou à tarde que foi identificada a presença de grupos subversivos armados compostos por estrangeiros e alguns bolivianos que incitam à violência e pretendem desestabilizar o governo legalmente constituído.

"Como presidente da Bolívia, quero relatar que identificamos grupos subversivos armados compostos por súditos estrangeiros e compatriotas de algumas regiões em conflito", disse ela em entrevista coletiva no Palácio Quemado.

Na mesma conferência, ele alertou para o uso de medidas constitucionais para defender o governo.