Sem uma comunicação com profissionais da área a tendência do presidente é perder popularidade
Franco disse que o presidente Bolsonaro precisa contratar assessores de comunicação que sejam profissionais do ramo para poder melhorar as relações do governo com a população. "Da forma que está, dessarumada, ele e os filhos usando as redes sociais, aleatoriamente, só faz perder popularidade", diz o jornalista.
Para Franco, Bolsonaro não tem mais quem o defende como na época da campanha eleitoral, pois, as pessoas e grupos organizados foram se afastando dele, e o exemplo maior está no seu próprio partido, o PSL, diante de tantas derrapagens que comete, a última delas e mais grave, um dos seus filhos defendendo a volta do AI-5, Ato Institucional que fechou o congresso e cassou mandatos populares.
No entendimento do jornalista é imprevisível o que pode acontecer com o governo Bolsonaro. Cita o fato da Reforma da Previdência, o maior feito do seu governo até agora, não teve sua participação mais direta e sim de dois dos seus ministros e dos presidentes da Câmara e do Senado que foram pressionados pela sociedade brasileira e que temeram o Brasil se tornar uma nova Grécia.
Diz, ainda, que Bolsonaro não consegue capitalizar ganhos do seu governo, além da Reforma da Previdência, a melhoria na geração de empregos (760 mil nos nove primeiros meses), os leilões, a abertura para investimentos, a estabilidade da economia com a queda nas taxas de juros Selic a 5%, baixa inflação, queda em 20% na criminalidades e outros fatores porque o governo não tem uma comunicação institucional eficiente.
DISPUTA EM SALVADOR
Perguntado sobre a disputa políitica, em Salvador, 2020, disse que o prefeito ACM Neto age de forma correta, politicamente, ao priorizar um nome para sucedê-lo, assim como Wagner fez com Rui Costa, e vê Bruno Reis como um provável candidato forte. Comentou, ainda, que na basepolitica de Rui Costa há seis pré-candidatos já lançados, todos também bons de votos, daí que Salvador terá, no próximo ano, "uma das campanhas mais disputadas de nossa história mais recente".
Disse que Antonio Imbassahy não fez o sucessor, em 2004, exatamente por não ter trabalhado um nome para sucedê-lo, foi prejudicado pelo mandonismo de ACM, então político que indicava nomes dentro do seu partido, e aquele indicado, César Borges, sequer teve disposição de fazer a campanha propriamente dita.
Sobre a possibilidade de uma candidatura de uma personalidade negra, Franco diz que esse fator é importante, mas, não determinante para eleger um candidato. "Nem identidade étcnica, nem religião, elegem prefeito (a) da capital e isso está comprovado, historicamente".
Franco comentou, também, sobre a Comunicação na PMS e no Governo do Estado e classificou ambas como eficientes e inovadoras no uso de novas tecnologias, mas, ressaltou: "Na Assembleia Legislativa, os deputados de oposição a Rui, dizem que sua comunicação é propaganda enganosa, na vida real a Bahia do Governo do Estado da TV não existe; e na Câmara dos Vereadores, os adversários de Neto têm o mesmo argumento com a comunicação da PMS".