Política

NETO: declarações de Eduardo são uma inaceitável afronta à democracia

Os filhos de Bolsonaro continuam trazendo problemas para o pai
Da Redação , Salvador | 31/10/2019 às 17:36
Prefeito ACM Neto repudiou declarações intempestivas do filho de Bolsonaro
Foto: SECOM PMS
O presidente nacional do DEM, ACM Neto, foi mais um dirigente partidário que criticou as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O filho do presidente defendeu em entrevista medidas drásticas - como "um novo AI-5" - para conter eventuais manifestações de rua como as que ocorrem no Chile atualmente.

"As declarações do deputado Eduardo Bolsonaro são uma inaceitável afronta à democracia", diz nota de ACM Neto divulgada pelas redes sociais. "Nesse momento o País precisa de equilíbrio e responsabilidade, não de ameaças e radicalizações como as defendidas pelo parlamentar."

O prefeito de Salvador afirmou ainda que o partido "condena" e "combate" qualquer tentativa de ameaça à liberdade política e ao funcionamento das instituições do País.

REPERCUSSÃO
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), qualificou como "repugnantes" as declarações de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a possibilidade de um novo " AI-5 " como resposta a uma suposta "radicalização" da esquerda . O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também repudiou as declarações de Eduardo Bolsonaro.

Em nota oficial, o presidente da Câmara afirmou ainda que a "apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras".

A declaração de Eduardo foi dada em entrevista à jornalista Leda Nagle, publicada em um canal do Youtube na manhã desta quinta-feira.

— Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual a do final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, cônsules, embaixadores, execução de policiais, de militares. Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E a resposta, ela pode ser via um novo AI-5, via uma legislação aprovada através de um plebiscito, como aconteceu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada — afirmou  Eduardo.