Presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, criticou decisão da da juíza Carolina Lebbos de não assegurar Sala de Estado Maior para Lula
Da Redação , Salvador |
07/08/2019 às 13:10
Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula
Foto: Instituto Lula
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, disse nesta quarta-feira, 7, que a defesa do ex-presidente vai tomar medidas para evitar que Lula seja transferido para um presídio comum.
Em nota publica no site do Instituto Lula, Okamento comenta: "A decisão de transferir o presidente Lula de Curitiba para São Paulo não atende a nenhum pedido da defesa. Pelo contrário, desconsidera todos os argumentos dos advogados".
Lula é inocente e já cumpre uma pena injusta. Não aceitamos que ele seja tratado como um preso comum. Queremos que ele mantenha todos os direitos que tem e que merece como ex-presidente.
Segue a nota: "Espero que o Supremo Tribunal Federal, diante do que já foi exposto pela Vaza jato, possa retomar o julgamento do habeas corpus e finalmente colocar fim a esta prisão injusta".
"Por fim espero que a decisão da juíza Carolina Lebbos não tenha sido tomada como uma forma de desviar a atenção de coisas importantes a que a Lava Jato tem que responder" , Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula
Segundo o Terra, Os advogados do ex-presidente estão reunidos agora para decidir o que fazer. Okamoto deixou claro que o entorno de Lula não concorda com a decisão da juíza Carolina Lebbos ao não assegurar uma Sala de Estado Maior para Lula em São Paulo.
Confira a nota da defesa de Lula:
"Em manifestação protocolada em 08/07/2019 nos autos do Incidente de Transferência nº 5016515-95.2018.4.04.7000, em trâmite perante a 12ª Vara Federal de Curitiba, pedimos a suspensão da análise do pedido da Superintendência da Polícia Federal até o julgamento final do habeas corpus nº 164.493/PR, em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal.
Conforme definido no último dia 25/06, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal deverá retomar em breve o julgamento do mérito do habeas corpus que apresentamos com o objetivo de reconhecer a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e a consequente nulidade de todo o processo e o restabelecimento da liberdade plena de Lula.
Em caráter subsidiário, requeremos naquela mesma petição de 08/07/2019 que na hipótese de ser acolhido o pedido formulado pela Superintendência da Policia Federal de Curitiba, fossem requisitadas informações de estabelecimentos compatíveis com Sala de Estado Maior, com a oportunidade de prévia manifestação da Defesa.
No entanto, a decisão proferida hoje (07/08) pela 12.a Vara Federal de Curitiba negou os pedidos formulados pela Defesa e, contrariando precedentes já observados em relação a outro ex-presidente da República (ex.: TRF2, Agravo Interno no Habeas Corpus nº 0001249-27.2019.04.02.0000) negou ao ex-presidente Lula o direito a Sala de Estado Maior e determinou sua transferência para estabelecimento a ser definido em São Paulo.
Lula é vítima de intenso constrangimento ilegal imposto por parte do Sistema de Justiça. A Defesa tomará todas as medidas necessárias com o objetivo de restabelecer a liberdade plena do ex-Presidente Lula e para assegurar os direitos que lhe são assegurados pela lei e pela Constituição Federal."
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