Os moradores de Itapuã promoveram, pela segunda vez consecutiva, o Abebé Abaeté, evento realizado no Dia do Meio Ambiente para chamar atenção da sociedade e dos poderes públicos sobre os problemas de um dos principais cartões-postais de Salvador. 

O Ato reuniu políticos, autoridades e estudantes e começou com um café da manhã, seguido de uma roda de dança sagrada, abraço coletivo e gesto simbólico de devolução de água para a lagoa.

O secretário do Meio Ambiente, João Carlos Oliveira; os deputados estaduais Jacó (PT) e Fabíola Mansur (PSB); e os vereadores Marcos Mendes (PSOL) e Marta Rodrigues (PT) participaram da atividade ao lado de moradores e estudantes de escolas públicas. 

Este ano, o Abebé Abaeté foi marcado por uma intervenção do artista Ives Quaglia, que presenteou a lagoa com um monumento em forma de espelho, feito com material reciclado. 

O Ato em Defesa da Lagoa do Abaeté foi promovido pelo Fórum Permanente de Itapuã, formado por ambientalistas, pessoas e entidades locais, entre as quais a Associação de Moradores do bairro. 

REFLEXÃO - Instituído em 1993, o Parque Metropolitano do Abaeté vem sofrendo com o abandono e as ameaças à sua biodiversidade. A diminuição do volume de suas lagoas é apenas um dos problemas.

O deputado Jacó destacou o poder de mobilização dos moradores de Itapuã para organizar o Ato e refletir sobre a destruição do meio ambiente. Em fala dirigida aos alunos dos colégios Rotary, Lomanto Junior e D. Genny Gomes, mostrou-se preocupado com a relação do homem com o planeta, a escassez de água e a secura de vários rios.

Mais tarde, a pedido da comunidade de Itapuã, ele visitou um campo de futebol e o terreiro Ilê Axé Iba Faromim, casa de santo com 65 anos de existência e problemas de inundação quando chove.