Os PMs presos hoje (12) por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco serão convidados a fazer delação premiada. A informação foi dada pelo governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel durante entrevista coletiva.
"É uma resposta importante que nós estamos dando para a sociedade: a elucidação de um crime bárbaro cometido contra uma parlamentar, uma mulher, no exercício de sua atividade democrática. Teve sua vida ceifada de forma inaceitável. Mas muito mais ainda inaceitável porque estava exercendo seu mandato”, disse o governador.
Ainda durante a entrevista coletiva, o chefe da Divisão de Homicídios da Capital, Giniton Lages justificou o tempo que demorou para se chegar aos dois envolvidos.
“Esse é um dia muito especial porque é um ano de investigação, um ano de comprometimento desses policiais. É preciso que a imprensa entenda que o sigilo em algumas informações é imprescindível. Jamais um profissional pode fazer uma perícia ou encontrar um dado e revelar isso", garantiu Giniton.
Segundo o delegado, a dinâmica do crime mostra que esse era um crime fora do normal. "Em 80% dos casos, os assassinos são solucionados por meio de testemunhas - e isso não seria possível nesse caso”, garantiu o delegado, enfatizando que Ronnie é um policial reformado que passou Batalhão de Operações Especiais (Bope), considerado a tropa de elite da PM do RJ.
O delegado deu detalhes da investigação. Segundo ele, a polícia monitorou 443 carros da marca Cobalt na cor prata. Com os filtros de horário e local, os policiais chegaram a 126 carros, trabalhados um a um.
A 'Operação Lume' ainda cumpre 32 mandados de busca e apreensão contra os denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munição e outros objetos.