Política

DESDOBRAMENTO DA LAVA JATO investiga Aécio, Benito e mais 5 políticos

Veja nota da Policia Federal
Da Redação , Salvador | 11/12/2018 às 11:36
Aécio Neves e Benito Gama
Foto: A Tarde
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) nova operação que investiga seis parlamentares por suspeita de recebimento de propina de ao menos 100 milhões de reais entre os anos de 2014 e 2017, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014 e também para a obtenção de apoio político, informou a PF.

A chamada Operação Ross é um desdobramento da Operação Patmos, uma fase da Lava Jato deflagrada em maio de 2017 que teve como base a delação de executivos da J&F, acrescentou.

Segundo a PF, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) 24 mandados de busca e apreensão e 48 intimações para depoimentos contra os suspeitos, que não foram identificados de imediato de acordo com as regras da Polícia Federal.

"As vantagens teriam sido solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento", disse a PF em comunicado.

"Suspeita-se que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias", acrescentou.

Os políticos investigados são, segundo a Globonews, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN), e os deputados Benito Gama (PTB-BA), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Paulinho da Força (SD-SP).

De acordo com a emissora, os agentes federais cumprem mandado de busca em apartamento de Aécio no Rio de Janeiro. A residência de Paulinho da Força também seria alvo.

As medidas estão sendo cumpridas no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá, informou a PF.

NOTA DA PF

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11/12) a Operação Ross, que tem como objetivo investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte de três Senadores da República e três Deputados Federais, entre os anos de 2014 e 2017. As vantagens teriam sido solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014.

Aproximadamente 200 policiais federais dão cumprimento a 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, relativos a dois dos investigados, e realizam 48 intimações para oitivas. As medidas estão sendo cumpridas no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá.

A ação de hoje é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017. Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam os R$ 100 milhões. Suspeita-se que os valores eram recebidos  por meio da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.

São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O nome da operação faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.