Política

Condenação de Lula por Sérgio Moro repercute na Câmara de Salvador

Para Marta quem cometeu o crime foi Moro, que condenou Lula sem provas
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 13/07/2017 às 19:06
Teo Senna: população esperava definição para Lula
Foto: Valdemiro Lopes

A condenação do ex-presidente Lula pelo juiz Sérgio Moro provocou, como era de esperar, reações diversas na Câmara de Salvador, durante a sessão dessa quarta-feira,12. Enquanto vereadores da base do prefeito ACM Neto (DEM) comemoraram a decisão os petistas classificaram de injusta a sentença.

Para Téo Senna (PHS) “há tempos que a população esperava uma definição no caso Lula. Criou-se uma expectativa muito grande em torno dessa condenação, que hoje se tornou realidade. Espero que a segunda instância siga com justiça”.

Na opinião de Alexandre Aleluia (DEM) agora o Brasil “ficou mais verde e amarelo” depois de ter passado 13 anos com o vermelho comunista do PT. Mais uma vez, citou o chamado “Foro de São Paulo”, criado, segundo ele, por Lula e Hugo Chaves, para implantar uma ditadura de esquerda na América Latina.

Ex-petista, o líder do governo na CMS Henrique Carballal (PV) se disse entristecido com a condenação, pois, em seu entender, o ex-presidente tem uma biografia respeitável e suas gestões trouxeram avanços sociais importantes para o País.

Criminoso é Moro

Marta Rodrigues (PT), porém, repudiou veementemente a punição, pois, a seu ver, Moro já demonstrou aos brasileiros ter criado um enredo escancarado para culpar o ex-presidente, mesmo diante da falta de provas: “Quem cometeu um crime foi esse juiz Sérgio Moro, que condenou sem nenhuma prova o ex-presidente. Esse é um julgamento político que deve ser repudiado pelo povo brasileiro”.

De acordo com a petista o juiz tentou, por dois anos, encontrar provas contra Lula e, diante da falta de êxito, acabou construindo um caminho sem volta no julgamento: “Ele cometeu irregularidades desde o vazamento ilegal de áudios de conversas entre Lula e Dilma, passando por uma arbitrária condução coercitiva planejada. Moro deixou nítida a sua parcialidade na liderança desses processos”.