"Nós votamos para derrotar o governador Rui Costa", confessa Leur Lomanto Jr
Tasso Franco , da redação em Salvador |
06/02/2017 às 18:25
Deputado Leur Lomanto Jr (PMDB)
Foto: BJÁ
O novo líder da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Leur Lomanto Jr, em entrevista ao Bahia Já nesta tarde de segunda-feira, 6, disse que a decisão dos parlamentares da oposição em votar no deputado Angelo Coronel (PSD) contra Marcelo Nilo (PSL) foi apenas política. Segundo Leur, não havia nada contra Nilo do ponto de vista pessoal, mas, ele estava caracterizado como candidato do governador Rui Costa e "nós votamos para derrotar Rui", frisou.
Para o deputado, a ascensão de Angelo Coronel na presidência vai mudar muita coisa na Casa, uma delas, a principal do ponto-de-vista político e do plenário, "é de que nós sugerimos nas conversas com Coronel, que o apoiaríamos, desde que as matérias do Executivo - os projetos de lei - sejam encaminhados à Casa em regime normal, sem urgência, para serem apreciados nas comissões". Perguntado se Coronel acatacou a sugestão, Leur confirmou que sim.
Um outro ponto também sugerido e acatado por Coronel é da restauração do Colégio de Líderes nas dicussões das matérias na Assembleia, este colegiado formado pelos líderes da Maioria (Governo), da Oposição e dos partidos. "Ou seja, vai ser um colegiado mais amplo do que o existente até então com apenas dois líderes - maioria e minoria".
O deputado lider da oposição disse que também foi sugerido a Angelo Coronel um corte nos custos da Casa, hoje, com orçamento em torno de R$450 milhões/ano, para que sobre dinheiro e esses recursos sejam devolvidos ao Estado para serem aplicados em obras sociais. Segundo Leur, Angelo se comprometeu em estudar o assunto.
Sobre prováveis adesões ao bloco da Oposição, o deputado disse que, primeiro é preciso ter uma janela legal, e a expetctativa é de que, em 2018, "com o crescimento da candidatura do nosso candidato a govvernador, ACM Neto, isso venha ocorrer". O parlamentar, destacou, no entanto, que essa não é uma preocupação de sua liderança nem vai trabalhar pra isso, em 2017. "Vai ser uma coisa natural".
Sobre a desarticulação da bancada do PSL que era comandada por Marcelo Nilo, com 7 deputados, dois dos quais - Manassés e Alan Castro - já disseram que vão seguir o PSD (leia-se Otto Alencar), Leur não quis comentar e apenas disse que há, hoje, até dúvidas se Euclides Fernandes seguirá como lider do PSL.