Política

CARA DE PEROBA! Jucá diz que gravação é algo banal e não renuncia

Com informações da Globo.com
Da Redação , Salvador | 23/05/2016 às 11:51
Romero Jucá em maus bocados
Foto: Tv Senado
Gravações publicadas nesta segunda-feira (23) pelo jornal Folha de São Paulo indicam que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugeriu um pacto para tentar deter a Operação Lava-Jato.

Gravados de forma oculta, os diálogos entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e Jucá ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

As conversas somam uma hora e quinze minutos e estão em poder da Procuradoria Geral da República.

A repórter da GloboNews Andréia Sadi conversou na manhã desta segunda-feira (23) com o ministro do Planejamento Romero Jucá e ele classificou a gravação como "banal".

"Eu não me sinto alvo da Lava-Jato, nem me sinto incomodado com a Lava-Jato. Estou muito tranquilo. Eu não me sinto em condições em compromisso de pedir pra sair. Essa gravação eu considero algo banal", disse o ministro.

Segundo Romero Jucá, "o governo do PT estava submetido à Lava-Jato, e era comandado, de certa forma reagia apenas aos estímulos da Lava-Jato. Eu sempre defendi que o novo governo de Michel Temer teria o condão de mudar o eixo da política e da economia. E a Lava-Jato que é uma prioridade deve ser ampliada e investigada rapidamente, não pode ser a pauta única do governo".

O ministro do Planejamento completou: "A minha intenção e a minha cobrança é que a Lava-Jato seja apressada na investigação para separar o joio do trigo. Definir quem tem culpa e quem não tem culpa. O Supremo precisa votar rapidamente os políticos que estão sendo investigados pra dizer quem tem culpa e quem não tem. Por exemplo: eu me sinto incomodado. Eu fui citado".