Luiza Maia diz que governo de Temer "é usurpador e golpista"
Tasso Franco , da redação em Salvador |
16/05/2016 às 18:43
Joseildo diz que topa comparar indicadores de Dilma com os de FHC
Foto: BJÁ
A sessão na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, 16, foi decepcionante. A primeira após a queda da presidente Dilma, asfatada por 180 dias por um impeachment, esperava-se debates calorosos. Mas, não aconteceu nada disso, somente oito dos 63 deputados compareceram ao plenário, faltou luz em determinado momento da sessão presidida por Maria Del Carmen (PT), e os debates sobre o asfatamento de Dilma se limitaram aos deputados Carlos Geilson (PSDB), Joseildo Ramos e Luiz Maia, ambos do PT.
Geilson disse que Dilma caiu por sua má gestão e incompetência para comandar a Nação praticamente quebrando o país, mas, ressalvou que o presidente em exercício, Michel Temer, não pode seguir o caminho defendido por seu ministro da Fazenda, Henrique Meireles, o qual deseja criar um imposto novo temporário (uma nova CPMF) para cobrir rombos nos cofres públicos.
"Não somos nós que temos que pagar essa conta e o banqueiro Henrique Meireles deve saber que o setor produtivo está escorchado. Portanto, ele que encontre mecanismos para retirar o país do buraco sem criar novos impostos. Espero que o PSDB não aprove isso", frisou.
Já o deputado Joseildo Ramos (PT), em contra-ponto a Geilson fez um desafio ao 'tucano' destacando que ele fizesse um compartaivo dos indicadores macro-ecoinômicos dos governos Dilma e FHC e "verá a diferença". Ramos destacou ainda que Dilma não foi má gestora e todos conhecem a trama que foi derrubar a presidente.
Para o parlamentar petista, o PMDB não tem projeto para o Brasil, "acabou o Ministério da Cultura numa terra de grande diversidade cultural, excluiu as mulheres do Ministério e levou para o Ministério das Relações Exteriores uma pessoa que não tem sequer cacoete para ser ministro", comentou.
Já a deputada Luiza Maia (PT) disse que o governo de Temer é "usurpador e golpista" e o que aconteceu no Brasil com o impeachment da presidente Dilma é uma vergonha, num ambiente muito parecido com 1964".
Para Luiza Maia, "o que vem por aí não é nada bom".