Política

HILTON COELHO acusa ACM Neto e Rui Costa de beneficiar apenas a elite

Para ele o lançamento das linhas de ônibus com ar condicionado e wi-fi é uma prova disso
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 18/04/2016 às 19:10
Hilton Coelho: governador e prefeito praticam exclusão
Foto: LB

O lançamento das linhas especiais de ônibus em Salvador, oferecendo ar condicionado e wi-fi (conexão internet sem fio) foi criticada pelo vereador Hilton Coelho (PSOL). Para ele não é surpresa que o prefeito ACM Neto e o governador Rui Costa estejam unidos em defesa do bem-estar de gente diferenciada.

“Até quando a maioria do nosso povo vai continuar lutando contra o desconforto do transporte coletivo de péssima qualidade?”, perguntou. “Questionamos a existência desses ônibus especiais e executivos. Utilizar esta política significa a criação de dois modelos de transporte públicos, sendo um para o povão, sem qualidade, e outro para um segmento com mais renda. Trata-se de levar para o transporte público o apartheid social que já existe no espaço urbano de Salvador”.

O socialista lembrou que no dia 13 de novembro de 2015, na inauguração da estação do Metrô no Bonocô, Rui Costa previu que a classe média andaria de metrô, caso existissem linhas especiais de coletivos.

Para o legislador “são partidos diferentes e o mesmo projeto gerencial, ou seja, governam para a chamada elite e não para a maioria”. Em sua opinião, em plena crise econômica, quando muitos trabalhadores soteropolitanos perdem seus empregos, neste que é o pior mercado de trabalho entre as principais capitais do país, o prefeito ACM Neto resolve aumentar absurdamente a tarifa para 'ônibus especiais' que circulam na cidade.

A licitação dos transportes na capital baiana, lembra, havia a promessa de que todos os ônibus da cidade teriam ar-condicionado, mas “o que se viu pós-licitação foi a retirada de algumas linhas, utilização dos mesmos ônibus antigos, sujos e sempre lotados. Não se viu a instalação dos condicionadores de ar em nenhum ônibus regular da cidade, apesar do aumento da tarifa em 2 de janeiro”.

Além disso os frescões não são novidade, pois já existem alguns em operação, com linhas em direção à Praça da Sé, a R$ 3,60. “Com os novos preços, há um aumento de quase 40% sobre a tarifa sem qualquer justificativa real”, declarou.