Jamais toleraremos outro golpe neste país, declara Valmir ao dizer não ao impeachment
ASCOM VA , BSB |
17/04/2016 às 09:20
Deputado Valmir Assunção é ligado ao MST
Foto: TV Câmara
O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) defendeu o governo da presidente Dilma
Rousseff (PT) do processo de impeachment, durante sessão histórica na Câmara
Federal, neste sábado (16). Assunção disse que os políticos de oposição estão distorcendo
as informações e tratando de assuntos que não constam no processo em debate. “Jamais
toleraremos outro golpe neste país - promovido por elites que não conseguem
conviver com a democracia. Parte desses representantes aqui sobem à tribuna
para mentir para o povo brasileiro. Porque a peça discutida sobre a questão do
golpe trata de seis decretos e também a questão do Plano Safra e a subvenção. A
presidente fez isso para fortalecer a educação brasileira, para liberar
recursos para as universidades”.
Valmir explica a questão envolvendo o programa do governo federal e diz que a oposição
tenta distorcer os fatos para influenciar na opinião pública, que consequentemente
influenciaria a opinião dos parlamentares na votação do impeachment. “Quando
Fernando Henrique Cardoso era presidente deste país, eram investidos dois
bilhões para a agricultura familiar. No governo da presidenta Dilma passou para
29 bilhões. Nossa agricultura é forte porque tem o apoio do governo federal.
Tanto a agricultura patronal quanto a familiar. Esse é o debate que tem de ser
feito. Os deputados aqui não tratam deste assunto e sobem na tribuna para
mentir para o povo”.
O parlamentar disse que “é preciso falar a verdade para a população. Não adianta
enganar, tem de ser franco. Por isso que hoje a maioria a população é contra o
golpe e por isso que a oposição tenta explicar que não é golpe. Como não é
golpe se estão rasgando a Constituição Federal, se não aceitam a decisão das
urnas?”. O baiano é um dos políticos que deve decidir a derrocada do
impeachment, que a oposição e setores da sociedade conservadora tentam neste
domingo (17). Ao reafirmar voto contrário ao processo de afastamento da presidente
Dilma e fundamentar a defesa do governo, Assunção fala que vai acontecer o
mesmo que aconteceu em 2014.
“Sei que tem gente comemorando a vitória, mas tinha muita gente também comemorando a
vitória no dia 27 de outubro de 2014. O aeroporto de Belo Horizonte ficou
lotado, foram para lá comemorar e quando as urnas foram abertas, Dilma se
tornou presidente com 54 milhões de votos”. Valmir ainda disse que não foi à
toa que a votação do impeachment acontece no dia 17 de abril, quando o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) perdeu 21 militantes no caso
conhecido como Massacre do Eldorado dos Carajás, em 1996. Neste período, o Pará
era governado pelo PSDB.