Política

COMERCIÁRIOS pedem redução de IPTU e ISS para tirar comércio da crise

As principais queixas foram dos trabalhadores, que estão perdendo empregos
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 13/04/2016 às 22:49
A sessão foi convocada e dirigida por Everaldo Augusto
Foto: Reginaldo Ipê

A diminuição das alíquotas dos impostos Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Sobre Serviços (ISS) foi a principal medida reivindicada pelos trabalhadores durante a sessão especial, promovida pelo vereador Everaldo Augusto (PCdoB) para discutir a crise no comércio soteropolitano. O evento foi realizado no plenário Cosme de Farias, na manhã desta quarta-feira, 13, e reuniu também comerciantes da cidade.

O diretor de Organização do Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado (Sindsefaz), Cláudio Meirelles, relatou as dificuldades enfrentadas pelos comerciários: “Temos a esperança de recuperar a trajetória de crescimento após o fim da crise política. A Câmara é o ambiente propício para fazer esse debate. Precisamos lutar contra o desemprego. O trabalhador é sempre a maior vítima nos tempos de recessão e desemprego”.

Além dos estímulos dos poderes públicos para a sobrevivência da atividade o representante do Sebrae, José Nilo Meira, alertou para a necessidade de uma maior organização no setor: “O preço é importante, mas não é suficiente. Precisamos dar boas condições para o consumidor. Propiciar um ambiente agradável, limpo e fazer com que o cliente sinta vontade de voltar. Tem situações econômicas que fogem ao nosso controle, mas os comerciantes precisam fazer, também, a parte deles”.

Debate importante

Everaldo e a colega comunista Aladilce Souza se colocaram ao lado dos trabalhadores em relação à necessidade de medidas de enfrentamento da crise econômica em Salvador. “Esse processo de debate é extremamente importante, principalmente em tempos de defesa da democracia. A solução para as crises econômica e política passam, necessariamente, pela participação de todos nesta luta. A valorização dos trabalhadores e o fortalecimento dos comerciantes são de fundamental importância para o fortalecimento da democracia”, argumentou o primeiro.

“O prefeito ACM Neto, desde que assumiu, prometeu que Salvador andaria com as próprias pernas. Para isso, adotou uma série de medidas com a intenção de arrecadar. Não deu certo e continuamos com a penúltima arrecadação entre as capitais brasileiras. Isso continua causando um impacto considerável na vida dos soteropolitanos. O setor de serviços é o principal para Salvador e a prefeitura deve melhorar as condições dos trabalhadores”, declarou ela.

Participaram ainda da mesa o presidente do Sindicato dos Comerciários da Bahia, Joélcio Dourado; o ex-vereador e presidente da Federação dos Empregados do Comércio, Reginaldo Oliveira; a supervisora técnica do Dieese, Ana Georgina Dias e Neemias Pereira de Souza, comerciante de Cajazeiras.