Política

VÂNIA GALVÃO e Gilmar Santiago convocam para atos contra impeachment

Ambos acreditam que o processo de afastamento não será aprovado pelo plenário da Câmara Federal
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 12/04/2016 às 18:26
Vânia Galvão e Gilmar Santiago
Foto: LB

Os vereadores petistas Vânia Galvão, líder do partido na Câmara de Salvador, e Gilmar Santiago convocaram nesta terça-feira, 12, a população para participar das manifestações previstas para a cidade contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os atos acontecerão na sexta-feira, 15, a partir das 15 horas, no Campo Grande, e durante todo o domingo, 17, na Barra.

Segundo Vânia “precisamos reafirmar para os deputados nosso posicionamento pela democracia; um possível golpe seria um retrocesso muito grande em nosso país, significa o estancamento aos avanços e conquistas obtidas nos governos Lula e Dilma; pode representar o controle total sobre nossas posições e movimentos sociais”.

Em sua opinião a recomendação do Ministério Público à Universidade Federal de Goiás, na semana passada, para cancelar as discussões sobre política é um indicativo do que pode vir pela frente caso o afastamento de Dilma seja aprovado: “Tentar manter o controle sobre o que se discute na academia é instaurar de fato a ditadura. A luta agora não é partidária, mas sim pela democracia, pelo respeito ao voto direto dos cidadãos brasileiros, conquistado a duras batalhas contra o militarismo”.

Ela, porém, destaca a importância das investigações contra a corrupção: “A facção criminosa da oposição quer tirar a presidenta para interromper as investigações contra a corrupção. Então, a única saída para eles é essa tentativa mesquinha de golpe. Não podemos permitir que corruptores voltem a fazer suas falcatruas na calada da noite, às escuras, como ocorreu em toda a nossa história; por isso, temos o dever de fazer a defesa da democracia e lutar contra o golpe”.

Cara de Salvador

No entender de Gilmar o povo de Salvador vai à rua para dizer que não vai ter golpe: “A Barra que foi ocupada em outras ocasiões pelas elites, agora será ocupada pela verdadeira cara da cidade”. Em sua avaliação o impeachment não vai adiante no plenário da Câmara Federal por que a sociedade se mobilizou: “É um processo conduzido por Eduardo Cunha, denunciado por diversos crimes, enquanto a presidenta Dilma Rousseff não é acusada de crime nenhum”.

Para ele o Brasil tem o pior Congresso Nacional dos últimos tempos, dominado pela bancada BBB: bala, boi e bíblia. “Apesar de toda a campanha contrária de setores da imprensa, tendo à frente a Rede Globo, Lula lidera as pesquisas e seria presidente outra vez se as eleições fossem hoje. Não vai ter golpe e vai ter Lula 2018”, afirmou.