Veja opiniões dos deputados de vários partidos, da base governista e da Oposiçãoi
Tasso Franco , da redação em Salvador |
11/04/2016 às 18:04
Deputado Adolfo Meneses, na tribuna, diz que a "culpa é dos politicos"
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O deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Meneses (PSD) disse nesta segunda-feira, 11, no plenário da Casa sobre a situação crítica em que vive o Brasil num processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, que "a culpa é unicamente dos políticos em Brasilia". Segundo o parlamentar, em Brasília ninguém está preocupado com o Brasil e o "buraco é grande e não há perspectivas de melhoras".
Ainda segundo o parlamentar qualquer governo que venha depois do de Dilma, ou mesmo ela ficando no poder, o Brasil tende a continuar como está pois as reformas essensiais ao país não serão votadas e a tendência é do Brasil continuar "país rico com povo pobre".
As discussões se iniciaram com um pronunciamento do deputado Sandro Régis (DEM), líder da Oposição, o qual defendeu o impeachment da presidente Dilma, hoje, "uma exigência da sociedade brasileira". A deputada Luiza Maia (PT) discordou do líder e classificou o processo do impeachment como uma "tentativa de golpe de uma presidente eleita pelo povo".
Em seguida, o deputado sgt e pastor Isidório (PDT) afirmou que, se teve um governo que se aproximou do pobre "foi o da presidente Dilma que passa por dificuldades". Na opinião de Isidório, só quem salva o Brasil é a oração. "Vamos orar por nosso país. Mas, defendo desde já eleições gerais no país", frisou.
GOLPE DE 1964
Para o deputado Herzém Gusmão (PMDB) os deputados petistas não têm argumentos e ficam falando o tempo todo em golpe. "Golpe, este sim, aconteceu em 1964, quando o prefeito Pedral Sampaio foi preso em Conquista; quando Chico Pinto foi preso em Feira de Santana. Hoje, lutamos por um impachment, previsto na Constituição e que tem apoio da OAB e do povo brasileiro". Segundo Gusmão, "Dilma está tendo um fim melancólico no seu governo".
Já o depoutadoi Hildécio Meireles (PMDB) destaca que quem deu o golpe no Brasil foi a candidata a presidente Dilma Rousseff, a qual prometeu o que não podia, em 2014, mostrou uma situação rósea do país e está esse caos.
O líder do PT na Casa, deputado Rosemberg Pinto, disse que o impeachment é um instrumento da Constituição brasileira, mas, da forma que está sendo conduzido "o vice-presidente Temer é um oportunista golpista". Segundo Rosemberg, "é o Maluf que vai votar pelo impeachment; é o Romero Jucá...e isso tudo é uma grande hipocrisia".
Opinião idêntica tem o deputado Joseildo Ramos (PT) o qual destacou que o processo que se passa no Brasil é de um "golpe parlamentar".
Para o deputado Carlos Geilson (PSDB), os petistas esquecem de sua participação na história quando pregavam o impeachment de FHC por que não ter cumprido as metas fiscais e hoje ficam falando em golpe. Segundo Geilson, Rosemberg esqueceu de falar que "Maluf recebeu Lula em sua casa para dar apoio ao prefeito de SP, Fernando Haddad".