Política

BANCADA de oposição na CMS dá apoio a servidores municipais em greve

Hilton Coelho elogiou o mandando de segurança concedido pela justiça, garantindo o pagamento dos salários bloqueados pelo prefeito
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 05/04/2016 às 18:27
Aladilce Souza é a líder da oposição na Câmara
Foto: LB

Os servidores municipais, em greve desde 15 de março por aumento de salário, receberam o apoio da bancada de oposição na Câmara de Salvador que, em nota, repudiou a decisão do prefeito ACM Neto de cortar o salário dos funcionários. Os vereadores acusam o gestor de falta de diálogo que, segundo os grevistas, se recusa a abrir diálogo com a categoria.

“É importante registrar, continua a nota, que o município de Salvador, até dezembro de 2015, apresentou um gasto com pessoal efetivo longe do limite prudencial, apenas 43%, enquanto que o limite é de 51%. Portanto, o município tem condições de aprovar o reajuste que garanta a reposição do poder de compra do salário dos servidores públicos municipais”.

Lutar não é crime

O também oposicionista Hilton Coelho (Psol) comemorou a decisão da juíza Beatriz Martins de Almeida Alves Dias, que determinou, por meio de um mandado de segurança, o pagamento imediato dos salários bloqueados. “Apesar de caber recurso, a primeira manifestação mostra que lutar não é crime e, sendo assim, não cabe punição”, afirmou.

O socialista considera justa a greve dos servidores e seu pedido de 17% como reajuste salarial. “Deferindo pedido de mandado de segurança em caráter liminar em favor dos servidores municipais, a magistrada obriga o prefeito de Salvador ao imediato pagamento dos salários bloqueados pela vontade unilateral do gestor”, destacou Hilton.

Hilton acusa o prefeito de “arrogância” e acredita, conforme informou o Conselho Municipal de Saúde, que a falta de negociação tem refletido na continuidade dos serviços essenciais à população: “Há unidades de saúde que não estão funcionando, o que penaliza mais ainda uma população que já sofre com a carência dos serviços de assistência à saúde”.

Na área da educação foram suspensos 20 dias dos salários, incluindo a paralisação nacional de três dias e a assembleia de deflagração do movimento, pois a greve mesmo durou apenas 14 dias.