Política

AUDIÊNCIA na CMS pede regulamentação do transporte alternativo em SSA

Prefeitura não mandou representante, alegando que a atividade é ilegal
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 05/04/2016 às 20:28
Os motoristas querem a regulamentação da atividade
Foto: Reginaldo Ipê

A regulamentação do transporte alternativo através de vans em Salvador foi pedida pelos profissionais que atuam na área durante audiência pública realizada na manhã desta terça-feira, 5, no Centro de Cultura da Câmara Municipal. O debate foi promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos do Cidadão e presidido pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB).

Para os representantes da categoria a cidade não pode simplesmente fechar os olhos. “Se nós pararmos por uma hora, o caos estará instalado na cidade. O transporte em Salvador é horrível, deprimente. Não queremos briga. Precisamos que percebam a importância do transporte alternativo, principalmente nos bairros periféricos. A cidade necessita da regulamentação”, afirmou Luiz Alberto Oliveira, que roda no Subúrbio Ferroviário.

Para o motorista Neilton Rosário o lado social tem que ser priorizado em Salvador: “Ainda estamos na marginalidade, mas, com luta, mudaremos essa situação. Quanto mais apreensões a prefeitura faz, mais ficamos fortes e unidos para continuarmos nesta batalha e levarmos o pão de cada dia às nossas famílias”.

Prefeitura não apareceu

A ausência de representantes do Município foi criticada por Aladilce, que garantiu encaminhar aos órgãos competentes um relatório com todos os pontos levantados pela categoria. “Infelizmente, convidamos o secretário de Mobilidade Urbana (Fábio Mota) e ele disse que não compareceria por causa do caráter ilegal da atividade. A prefeitura precisa se atentar que o transporte regular não atende à demanda e as comunidades periféricas ficam prejudicadas. Não devemos agir como se o problema não existisse. Queremos discutir com as autoridades e encontrar soluções. Pena que ficaremos, aqui, sem respostas”, afirmou.

Na mesma linha Vânia Galvão (PT) lembrou os ônibus superlotados, a falta de estrutura dos coletivos e a demanda superior à capacidade do atual sistema: “É o pior transporte coletivo entre todas as capitais brasileiras. Estive em uma reunião em Fazenda Coutos I e a comunidade reclama que os ônibus convencionais não chegam. O transporte alternativo regulamentado pode ser uma alternativa viável. Precisamos encontrar uma solução”.