Política

Galo condena ataque à sede do PC do B e alerta para avanço do fascismo

Essas manifestações quem vem se naturalizando na sociedade brasileira pela manifestação de intolerância, de ódio, de falta de convivência, diz Galo
DF , da redação em Salvador | 21/03/2016 às 16:43
Marcelino Galo, deputado estadual do PT/BA
Foto:
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança
Pública, deputado estadual Marcelino Galo (PT), condenou, em discurso na
Assembleia Legislativa da Bahia, nesta segunda-feira (21), o ataque à sede do
PC do B de Mato Grosso do Sul, ocorrido na última sexta-feira (18). A tentativa
de incendiar a unidade central do Partido Comunista do Brasil, localizada na
capital Campo Grande, aconteceu logo após as manifestações em todo o país em
defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Para
Galo, as ações fascistas, que já atacou as sedes do Instituto Lula e da União Nacional
dos Estudantes, em São Paulo, são extremamente perigosas, carregadas de
intolerância e de ódio e atentam contra a democracia.  O parlamentar, que se solidarizou com o PC do
B, alerta também que há a negação da política como mediadora dos conflitos da
sociedade nas ações fascistas bem como nas mobilizações contra o governo
federal.  


“Essas manifestações quem vem se naturalizando na sociedade
brasileira pela manifestação de intolerância, de ódio, de falta de convivência,
é uma manifestação perigosa, que nesse momento atinge partidos políticos de
esquerda, o PT, o PC do B, mas já começa a se manifestar para os políticos em
geral”, ponderou Galo, ao lembrar que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
o senador de Minas Gerais, Aécio Neves, ambos do PSDB, e o deputado federal
José Carlos Aleluia, do DEM da Bahia, foram repudiados, expulsos e quase
agredidos nas manifestações que defendiam o impedimento da presidente Dilma
Rousseff no domingo (13). 

 “Essa desqualificação da política nós sabemos o que é que dá. É a democracia
complicada, trabalhosa, difícil, mas é o melhor regime que existe. Não podemos
conceber, nem ficar calado, por que, sem política não há democracia e sem
democracia o que existe é ditadura, autoritarismo ou estado de exceção, que não
respeita direitos individuais e coletivos”, afirmou Galo, solidário “aos
companheiros do PC do B”.