Política

Valmir critica Cunha e diz que o povo vai para as ruas defender Dilma

Deputado Valmir Assunção representa o MST
Vitor Fernandes ,  Salvador | 17/03/2016 às 18:41
Deputado Valmir Assunção (PT-BA)
Foto: Ag Câmara
A Câmara Federal aprovou, nesta quinta-feira (17), a comissão especial que vai
analisar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff por suposto
crime de responsabilidade. Contrário à ação, o deputado federal Valmir Assunção
(PT-BA) usou a tribuna da Casa, durante a votação da lista dos integrantes,
para lembrar que o processo está sendo conduzido pelo presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente réu em ação por corrupção no Supremo
Tribunal Federal (STF). 

“Ele [Cunha] aceitou o pedido impeachment como forma de vingança contra o PT, que
não se colocou ao seu lado na tentativa de esconder e atrapalhar os trabalhos
da Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. É esse o país democrático que
muitos dizem aqui, é isso que se diz aqui que é democracia? Não! O PT não
aceitou, não vai aceitar, vamos votar, vamos discutir. Eu tenho certeza que a
vontade do povo foi que a presidente Dilma governasse até 2018, isso vai
prevalecer”, frisa Valmir.

Membro da comissão como suplente, Assunção diz que a bancada vai analisar o
impedimento da presidente Dilma e que “tem a convicção que vamos às ruas
defender o projeto que conduziu o Brasil a melhorar a vida das pessoas, ou do
contrário, os golpistas vão prevalecer”. Agora, com a eleição da comissão que
analisará o impedimento, deverá ocorrer a instalação dos trabalhos ainda nesta
quinta. A comissão especial comunicará à presidente da República o início da
análise e ela terá o prazo de 10 sessões do plenário para enviar sua defesa à
comissão.

O deputado também falou da posse do novo ministro da Casa Civil, o ex-presidente
Lula. “Estamos vivendo um momento difícil da conjuntura brasileira, aqueles que
perderam a eleição em 2014 querem ganhar no tapetão. Os golpistas não vão
prevalecer, eu acredito na força e organização do povo. Quero chamar a atenção
que amanhã todos temos que estar nas ruas, para defender as conquistas, defender
a legalidade, defender o nosso projeto, a democracia, defender o resultado das
eleições”, completa.