Política

LEO PRATES e Kátia Alves criticam governo do PT na gestão da sáude

Segundo os democratas a má gestão foi confirmada pela matéria veiculada no Fantástico de domingo passado
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 02/03/2016 às 20:29
Prates e Kátia: críticas ao governo do P|T
Foto: LB

Vereadores ligados ao prefeito ACM Neto intensificaram suas críticas às administrações petistas. Para Leo Prates (DEM) o “governo Federal está cometendo uma perseguição à gestão municipal, comprovada através de matéria do Fantástico do último domingo, 28, sobre a aplicação de recursos da saúde em todo o país”. Segundo ele “o repasse do governo Federal para a saúde em Salvador é de R$ 0,59 per capita, sendo o menor do Brasil. O governo Federal faz os repasses para o governo Estadual e esses repasses deveriam ser transferidos diretamente para o município”.

De acordo com o democrata a situação prejudica a população da capital baiana: “A gestão do prefeito ACM Neto investe mais que o piso constitucional (15%) em saúde. Os investimentos municipais perfazem um total de 19% do orçamento da prefeitura. Enquanto isso, a gestão do governador Rui Costa investe somente 12 % do orçamento em saúde. Além disso, a gestão do prefeito irá construir o primeiro hospital municipal da história de Salvador”.

A reportagem exibida no Programa Fantástico, da Rede Globo, tomou como base um estudo feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), junto com a ONG Contas Aberta, que informa que Salvador é a capital onde há menos investimento em saúde do país.

Desfaçatez

A crítica foi endossada pela também democrata Kátia Alves: “O pior é a desfaçatez do secretário da pasta, Fábio Villas Boas, que negou o colapso no setor”. Em sua opinião esse caos não é novidade para os baianos, que sofrem com a piora gradual nos serviços oferecidos nessa área nos governos petistas: “O que era ruim na gestão de Jaques Wagner, vem conseguindo piorar na administração do herdeiro político dele, o governador Rui Costa. Com o PT, a saúde baiana foi parar na UTI”.

Em contraposição, disse, a prefeitura investe quase 19% do orçamento municipal na saúde, representando R$ 127 milhões além do que determina o piso constitucional. Para Kátia além do estudo apresentado na semana passada pela Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia (Sogiba), alertando para os problemas críticos enfrentados pelo setor obstétrico na rede pública estadual, outro importante indicativo da falta de compromisso dos governos petistas com a saúde foi o artigo do ex-secretário da pasta, deputado Jorge Solla, publicado em um jornal de grande circulação, em janeiro deste ano.

Entre outras revelações, no texto, o deputado do PT usa dados do Ministério da Saúde para comprovar o fechamento de 254 leitos na rede pública baiana, no período de um ano, entre 2014 e 2015, prejudicando as áreas de internação, UTI e isolamento. O petista contraria ainda o anúncio da existência de 43 novos leitos de neonatologia no Hospital Roberto Santos. “Atacando a atuação do próprio partido no comando da saúde na Bahia, ele destaca também a extinção de 63 leitos obstétricos e 29 de UTI neonatal, em Salvador, só no ano passado”, informou a vereadora.

Segundo a legisladora, na tentativa de minimizar os problemas na área obstétrica na capital, logo que assumiu como vereadora, apresentou na Câmara um projeto de indicação para a construção do primeiro centro de parto normal de Salvador. “Além de ampliar a oferta de leitos na cidade, o centro prestará atendimento humanizado às parturientes, respeitando a fisiologia feminina e evitando intervenções desnecessárias na paciente”, anunciou.