Rolo dos mais expressivos no âmbito do PTN no afastamento de um gestor considerado eficiente
Tasso Franco , da redação em Salvador |
16/02/2016 às 18:06
Cai o diretor geral Maurício Bacelar (de óculos) e assume Lúcio Gomes
Foto: JR
O Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) tem novo diretor-geral. O auditor fiscal Lúcio Gomes assume no lugar de Maurício Bacelar, nesta quarta-feira (17). Lúcio Gomes ocupava o cargo de diretor administrativo e financeiro do órgão e é formado em ciências contábeis, com pós-graduação em administração pública municipal, controladoria pública, auditoria fisco-contábil e planejamento de cidades. “Vamos dar continuidade ao trabalho que vinha sendo desenvolvido sem mudanças bruscas, com foco em tecnologia e na melhoria dos serviços prestados à população”, declarou o novo diretor.
COMENTÁRIO DO BJÁ
O mundo político ficou surpreso com a atitude do deputado federal Bacelar, irmão de Maurício, em afastá-lo da direção geral do órgão. Até agora, ninguém está entendendo nada, salvo a justificativa que circulou nos bastiroes da Assembleia, nesta tarde de terça-feira, dando conta de que a cúpula do PTN exigiu uma oxigenação no órgão temendo uma provável candidatura de Maurício a deputado estadual, o qual já vinha trabalhando nessa direção.
As informações que se tem é de que Maurício está abatido com a mudança, sobretudo porque vinha fazendo um bom trabalho no órgão, dando visibilidade na midia ao Detran com suas campanhas e suas mobilizações e não há nada (salvo juizo que não se conhece) que desabone a sua conduta à frente do órgão, ainda que a oposição tivesse cobrado uma lista dos credenciados em vistorias, herança que vem lá da época do capitão Botelho.
Se o deputado Bacelar não tiver uma outra carta na manga para alavancar novamente o nome de Maurício, ele que chegou a ser candidato a prefeito de Camaçari, em 2012, eleição que perdeu por pouco para Ademar Delgado, dificilmente terá êxito numa candidatura a deputado estadual.
O novo diretor, Lúcio Gomes, é ligado politicamente ao deputado Bacelar. Portanto, a dissidência parece-nos ser interna, familar.
