O deputado estadual Alan Sanches, em meio a uma sessão atípica na Assembleia Legislativa, onde a Polícia Militar entrou em confronto com os estudantes que se mobilizam contra o programa de permanência estudantil, bem como tentou conter os servidores públicos, que protestam contra o projeto que retira benefícios da categoria,  defendeu não apenas a classe estudantil, mas também o funcionalismo público e criticou duramente o que classifica como “propaganda ostentação”,  hoje, conforme ele, como mais importante que as classes menos favorecidas.

De acordo com o deputado, o Governo do Estado precisa cortar na carne sim, mas não dos mais fracos. “Cortar na carne a propaganda ostentação, cujos investimentos este ano foi, nada menos, que R$ 90 milhões, enquanto para a saúde pública R$ 40 milhões. E agora mais uma vez, por falta de gestão com os gatos de pessoal que beira o limite prudencial, conforme palavras do próprio secretário, Manoel Vitório, quer punir as classes menos favorecidas e investindo menos do que deveria nas áreas prioritárias como a saúde”, reforçou.

Alan Sanches afirmou ainda que é uma completa incoerência não se buscar medidas internas, como diminuir os Reda (Regime Especial de Direito Administrativo), carros alugados, número de secretárias, fazer um real enxugamento na máquina pública. “Porém, o executivo estadual prefere gastar demasiadamente com campanhas publicitárias, o que poderia ter seus gastos reduzidos neste momento de crise. Portanto, não me canso de dizer que trata-se de um pacote de maldades. É um presente de natal às avessas”, criticou em discurso no plenário.