Deputado Carlos Geilson (PSDB) sugere revogar a lei das emendas impositivas
Tasso Franco , da redação em Salvador |
05/11/2015 às 17:34
Deputado Zé Neto diz na segunda, 9, tem uma resposta
Foto: BJÁ
Deputados da situação e da oposição queixam-se de que o governo do estado não cumpriu até agora o repasse de R$1.3 milhão a emendas dos deputados conforme foi aprovada pelo plenário da Casa, em maio de 2015. No total, deveriam ter sido liberados R$81.9 milhões porém, até o momento, zero liberação.
O líder do governo na Casa, deputado Zé Neto, (PT) disse ao BJÁ que na próxima segunda-feira, 9, terá uma resposta se o governo vai cumprir ou não o acertado em lei. "A questão é que muitos deputados da oposição estão criticando o governador, mas isso não depende exclusivamente dele, e sim da situação financeira do estado".
“Logo no primeiro ano o governador Rui já falhou com o cumprimento dessas emendas. E o que eu vejo, e me incomodo bastante, é o silêncio da bancada governista. O governo não cumpre as emendas e ninguém fala nada, seria
subserviência?”, questionou o deputado estadual Carlos Geilson (PSDB).
Mais duro nas críticas, o deputado Targino Machado (DEM), destacou, em plenário, que a bancada do governo se queixa de Rui na sala do cafezinho, fala horrores do governo nos corredores da Assembleia, "inclusive que deputado é bosta n'água', mas quando chega no plenário, de público, nada fala. "Na minha opinião está faltando homem", frisou.
O assunto é polêmico e as discussões foram fortes, apenas o líder do governo defendendo o goverandor Rui Costa.
Na opinião do deputado Alan Sanches, da oposição, "o governador tem que enteder que esse dinheiro não é para os deputados e sim para emendas que beneficiam os municípios, que vão gerar riqueza e conhecimento, até porque teve deputado que colocou emendas para atender as santas casas e universiades.
É MLEHOR REVOGAR A LEI
Em 2014 menos de 30% das emendas da bancada de oposição foram cumpridas. De acordo com Carlos Geilson, essas emendas já representam muito pouco em relação ao tamanho da Bahia, e ainda limita os parlamentares, uma vez que são obrigatoriamente aproximadamente R$ 677 mil para saúde, R$ 338 mil para educação e apenas R$ 338 mil de livre escolha.
“É muito pouco, é quase nada. E para piorar, o governo não cumpre a emenda. Já que esse governo cumpre a lei, eu sugiro que a Mesa Diretora apresente um projeto revogando as emendas impositivas. É melhor você trabalhar com o que não tem, do que trabalhar achando que tem, sem ter”,criticou Geilson.
