A Câmara de Salvador prestou homenagens aos bombeiros, ao Dia da Consciência Humana e às artes marciais, através de sessões especiais. Os chamados “soldados do fogo” tiveram seus méritos reconhecidos durante reunião nessa quinta-feira, 10, por iniciativa da vereadora Vânia Galvão (PT).

“O que nos motivou a promover essa sessão foi a ação dos nossos agentes no resgate em áreas de soterramento e desabamento no último mês de maio, período de grande incidência de chuva em Salvador, quando poderíamos ter tido resultados ainda piores”, disse a petista. Para ela trata-se de trabalho heróico: “Os agentes estão nesses episódios para solucionar questões que poderiam ter sido evitadas com ações educativas e políticas preventivas”.

Em nome do 1º Grupamento de Bombeiro Militar falou o comandante, tenente-coronel Antônio Júlio Nascimento da Silva. Ele agradeceu a homenagem e destacou que o reconhecimento da Câmara colabora para a elevação da autoestima dos agentes: “Enfatizamos nossa dedicação à população, através do empenho na execução de nossas atividades”, disse o comandante.

Vários membros da corporação receberam certificados para ressaltar sua atuação nas ocorrências nas localidades de Barro Branco, Baixa do Fiscal e Marotinho.

Consciência Humana

O Dia Municipal da Consciência Humana foi comemorado pela primeira vez nessa quinta-feira, 10, por iniciativa do presidente Paulo Câmara (PSDB), autor também do projeto que instituiu a data. Como o tucano precisou ausentar-se no meio da sessão o restante da reunião ficou sob a direção de Waldir Pires (PT).

Segundo Paulo a data representa a celebração entre todas as sociedades espirituais, demonstrando a unidade entre elas acerca do que deve ser a consciência, e com o propósito de possibilitar uma maior divulgação das ações empreendidas.

Uma palestra foi feita pela indicação e escritora Maribel Barreto, destacando a importância do tema para a cidade e as ações empreendidas em Salvador e outras cidades pela Fundação Organização Científica de Estudos Materiais, Naturais e Espirituais (Ocidemnte), da qual ela é uma das dirigentes.

A mesa do evento também foi composta ainda pelo presidente da Fundação Ocidemnte, Jeferson Varela; secretário de Assuntos Estratégicos de Lauro de Freitas, Ney Campelo; coordenadora de Ações Sociais da Fraternidade Feminina da Grande Loja Maçônica da Bahia, Elisabete Faversani; coordenadora do Projeto de Mestrado em Autoconhecimento e Desenvolvimento Socioeconômico do Instituto Superior de Educação Ocidemnte, Nívea Fraga Rocha; representante da Comunidade Bahá’Í, Feizi Milani; e o membro da Academia de Letras e Artes do Salvador (ALAS), Rozendo Ferreira Neto.

Artes marciais

Também na quinta-feira, 10, foi homenageado o segmento das artes marciais e o mestre de Karatê baiano, Ivo Rangel, falecido no ano de 2014. A sessão foi requerida e presidida por Aladilce Souza (PCdoB) com representantes do Karatê, Judô, Jiu-Jítsu e Muay Thai.

A comunista ressaltou o papel social das artes marciais: “Infelizmente, vivemos em meio à criminalidade, mas as artes marciais são eficientes em resgatar e formar o caráter da juventude. Por meio da filosofia das artes marciais, os jovens desenvolvem maior disciplina, trilhando um caminho de bem”. Destacou também a atuação de Rangel: “Especialista em direito esportivo foi um apaixonado pelo Karatê e teve papel importantíssimo na difusão das artes marciais aqui na Bahia”.

O karateca Carlos Eugênio Rangel, presidente da Federação Baiana de Karatê (FBK), comemorou o reconhecimento: “Sou discípulo do mestre Rangel e aprendi muito com ele. Tinha qualidade em ensinar não apenas o físico, mas também o filosófico. Com elegância e enorme vigor, traduziu a essência e os valores da nobre arte”.

O judoca Marcelo Ornelas, presidente da Federação Baiana de Judô, e o sensei Ricardo Carvalho, presidente da Federação Baiana de Jiu-Jítsu, cobraram mais apoio e políticas para o esporte. “Falar de arte marcial é falar de educação, cultura e respeito. É algo fundamental, principalmente nas escolas. Com apoio do governo isso só irá somar para a sociedade”, considerou Marcelo.

Representando a Secretaria de Educação do Estado, José Fernandes expôs os desafios e metas da pasta e valorizou o papel das artes marciais na sociedade: “A secretaria sempre apoiou as artes marciais como peça fundamental de educação para a juventude. Como exemplo, temos os Jogos Estudantis da Rede Pública, onde o governo oferece oficinas de esportes, artes e lutas”.