Mais três debates públicos serão realizados por vereadores da capital baiana a partir desta terça-feira. Uma delas está marcada para 9 horas, por iniciativa de Aladilce Souza (PCdoB), com o apoio da Comissão de Saúde da CMS, sobre as hepatites virais. Em Salvador, mais de duas mil pessoas foram acometidas por um dos tipos da patologia entre os anos de 2008 e 2013.

De acordo com Rômulo Corrêa, presidente do Grupo Vontade de Viver, “Salvador e a Bahia não dispõem de políticas públicas. Existe um plano municipal de enfrentamento das doenças com várias propostas de ação, mas ele não está sendo cumprido”.

A comunista, por sua vez, espera que haja um comprometimento do secretário municipal de Saúde para fazer cumprir o Plano Municipal de Saúde: “Na sessão, vamos fazer uma avaliação dos programas que estão funcionando no estado e saber quais medidas estão sendo implantadas para prevenção e controle das hepatites virais. Queremos ouvir das autoridades sobre a situação. É muito importante que a gente tenha um olhar especial para essa questão”.

Acessibilidade

Uma outra audiência, proposta  por Aladilce e Leo Prates (DEM), através do colegiado de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, vai discutir a possibilidade do livre trânsito de todas as pessoas com deficiência pelos espaços públicos da cidade. O encontro está marcado para o Centro de Cultura na sexta-feira, 31, às 9 horas. Em pauta a implantação de rampas, piso tátil, táxi e transporte público adaptado na cidade.

Foram convidadas entidades como a Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público, Secretaria de Mobilidade, Secretaria de Esporte Promoção Social e Combate À Pobreza e conselhos de pessoas com deficiência participarão dos debates que também tratarão dos obstáculos encontrados nas ruas pelos transeuntes, como entulho, postes e instalações no local errado, do acesso à estabelecimentos comerciais e a necessidade de um atendimento especializado.

“Recentemente novos ônibus começaram a circular em Salvador, mas o que há de realmente diferente? Será que agora os transportes coletivos estão adequados para atender a necessidade de passageiros com necessidades especiais? E o piso tátil contempla a maior parte dos bairros da cidade?”, questionou Aladilce.

Resíduos sólidos

Para quarta-feira, 29, às 9 horas, também no Centro de Cultura, está programado outro encontro semelhante, através da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, para discutir o destino dos resíduos sólidos em Salvador. Na pauta do debate, também, as ações para a gestão do lixo propostas pelo Projeto de Lei 166/2015, do Executivo, que institui o Plano Municipal de Meio Ambiente.

Segundo Arnando Lessa (PT) a intenção é abrir o diálogo sobre o tema com a sociedade, com o objetivo de colher demandas e sugestões. O colegiado iniciou o processo de discussão da matéria em outra audiência conjunta com a Comissão de Constituição e Justiça, em 9 de julho.

Na opinião do petista o lixo é o maior problema ambiental da cidade: “Qual a contribuição do Plano para esse processo? É isso que queremos discutir. O aterro sanitário que atende à capital está com a vida útil chegando ao fim, por isso, é necessário que providências comecem a ser tomadas a partir de agora”, comentou Lessa. O convite para a audiência foi estendido para a Limpurb, ambientalistas e demais segmentos da sociedade civil interessados no debate.