A morte do ex-deputado e ex-vereador Luiz Leal, ocorrida na manhã desta quinta-feira, 9, foi lamentada, em nome dos vereadores de Salvador, pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Câmara (PSDB). Para ele “esta é, sem dúvida, uma perda irreparável para a política baiana”. O corpo de Leal está sendo velado no Plenário Cosme de Farias e será sepultado às 11 horas desta sexta-feira, 10, no Jardim da Saudade.

O ex-governador Waldir Pires (PT), em cujo governo Luiz Leal foi secretário de Ação Social, se disse “muito sentido e triste” com a morte do antigo companheiro: “Era um amigo de todas as horas. Sempre leal, trabalhou comigo como secretário de Estado e também superintendente regional da Previdência Social no Estado da Bahia, quando eu fui ministro de estado dessa pasta”.

De acordo com o petista Leal foi um deputado estadual “muito digno e sério, com posições sempre firmes na linha de se construir uma sociedade justa e organizada para todos os brasileiros”. Suplente de deputado estadual pelo extinto Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de 1967 a 1971, assumiu o mandato por diversos períodos. Foi cassado em 1º de julho de 1969 pelo AI-5 e anistiado em 1979. O ex-deputado prestou depoimento à Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa em dezembro de 2013 e teve seu mandato devolvido, simbolicamente, em 31 de março de 2014.

Foi também deputado estadual Constituinte pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) de 1987 a 1991, período em que filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Médico formado pela UFBA em 1951, Luiz da Costa Leal era um humanista e estava com 88 anos de idade. Era natural de Salvador. Durante o mandato de vereador, em 1964, votou contra o impeachment do então prefeito Virgildásio Senna, deposto pelos militares.