A paz foi selada entre a Câmara de Salvador e o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, depois que o executivo voltou a se desculpar pela declaração dada à Rádio Metrópole FM, acusando vereadores de pedirem dinheiro quando solicitavam apoio cultural da entidade.

Guerreiro esteve na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da CMS, na manhã desta quarta-feira, 17, para reiteirar suas desculpas, e o presidente Paulo Câmara (PSDB) deu por encerrada a pretensão de interpela-lo judicialmente. Na opinião do presidente da CCJ, Léo Prates (DEM), essa postura mostra maturidade e respeito com a Câmara.

Para o procurador parlamentar Arnando Lessa (PT) a atitude do dirigente da FGM atende a uma “convocação dos vereadores, que repudiaram as palavras ofensivas do diretor teatral”. E continuou: “Eu, na figura de Procurador, tinha como obrigação legal e regimental defender os membros da Casa de acusações generalistas que constrangeram e envergonharam publicamente os edis que trabalham baseados nos princípios da honestidade, da idoneidade e da legalidade. Então, sinto-me com o dever cumprido. Não tive o objetivo de prejulgar, acusar ou prejudicar o diretor teatral. Reitero que apenas cumpri com minhas obrigações legais”.

Segundo Lessa a CMS não vai tolerar agressões e insinuações infundadas, e irá sempre reagir legalmente nesses casos: “Não misturamos a ação de Fernando Guerreiro com o governo ou com o prefeito ACM Neto. Foi um fato isolado. Nenhum gestor pode acusar levianamente, e sem provas, uma instituição pública”.