O Dia Nacional de Mobilização, convocado pela CUT, teve uma grande adesão dos trabalhadores diretos e terceirizados da Petrobrás. Na madrugada desta sexta-feira, o Sindipetro Bahia começou a realização dos piquetes de convencimento em diversas áreas e teve boa receptividade dos trabalhadores. A maioria retornou para as suas residências, desta forma não houve troca de turno

e a realização de atividades em diversas unidades.

Houve adesão dos trabalhadores em Taquipe, Santiago, Bálsamo, Buracica, Miranga, PBIO e Fafen e dos terceirizados da Perbras, CKL, Elfe e CGB. No Trevo 50, localizado na BA 522, os ônibus permaneceram parados enquanto os trabalhadores do Temadre, da Rlam, UPGN, EVF, Op-Can, ouviam os diretores do Sindipetro Bahia e depois retornaram às suas casas. No COFIP, houve atraso na entrada do expediente e assembleia na porta da unidade.

A Via Parafuso e BA 522, que dão acesso a diversas empresas do Polo Petroquímico de Camaçari e Petrobras, foram bloqueadas com pneus  por representantes de movimentos sociais,   complicando o trânsito na região. Além do Sindipetro, a CUT Bahia, o Sindiquímica, Sindipec e Sitticcan participaram das mobilizações. 

Para o Coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “os trabalhadores resolveram aderir à paralisação porque têm consciência do momento critico que vivenciamos agora, com um Congresso conservador que de forma acintosa vem retirando direitos

conquistados com muita luta ao longo de décadas”.

Para Deyvid as centrais e movimentos sindicais precisam chamar a atenção da sociedade  e mostrar que os ataques aos direitos da classe trabalhadora trarão consequências desastrosas para quem já está ou vai entrar no mercado de trabalho. A paralisação foi um protesto contra o Projeto de Lei 4330, que está tramitando no Senado como o PLC-30, e contra as Medidas Provisórias 664 e 665 - relacionadas ao ajuste fiscal que coloca o trabalhador para pagar o maior preço -, que também deverão seguir para

o Senado após a segunda aprovação na Câmara.