A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) promoveu, na manhã desta sexta-feira, 22, uma sessão especial em homenagem ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio. Presentes ao encontro pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) portaram cartazes defendendo a necessidade de uma ação conjunta para uma reforma psiquiátrica em Salvador.

As questões apresentadas durante o debate serão encaminhados à 15º Conferência Nacional de Saúde Mental, marcada para 27 de junho a 1º de julho, em Brasília. Segundo a edil a ideia é continuar “abordando as dificuldades, os problemas, os sofrimentos, mas também os avanços e a esperança de todos que lutam pela saúde mental. A turma que vem acreditando nessa luta e segue levantando essa bandeira merece todos os méritos”.

Em sua avaliação a estrutura geral dos CAPs em Salvador “deixa muito a desejar” e deveria seguir modelos como os de Santos e Belo Horizonte, que já avançaram significativamente na atenção à saúde mental: “Queremos um modelo que garanta cidadania, dignidade, e dê o sentido de liberdade”.

De acordo com o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia, José Luis da Fonseca o órgão abriu inquéritos em 2006 e em 2008 por causa das condições dessas unidades na capital baiana. À época, foram encontrados problemas como alimentação insuficiente, instalações insalubres, desabamento de salas, falta de servidores limpeza e serviços gerais, além de falta de medicamentos. Em 12 dezembro de 2014, uma ação civil pública foi instaurada para corrigir as irregularidades.

Em nome da Secretaria Municipal de Saúde o coordenador da Rede de Atenção Psicossocial em Salvador, Alan Guimarães, afirmou que esforços estão sendo realizados para a melhoria do atendimento: “A SMS tem se empenhado para dar a assistência melhor possível. Estamos avançando no ponto de vista da qualificação. Temos aberto o diálogo com movimentos sociais”.

Representantes das associações Metamorfose Ambulante fizeram uma apresentação teatral durante a sessão especial. Integrantes do Centro Público de Economia Solidária, do Mobiliza Raps e do Papo de Mulher ressaltaram a necessidade de uma maior atenção à área na cidade.

Ambulâncias

É de autoria de Aladilce o projeto de lei tornando obrigatória a presença integral de uma ambulância de resgate e de profissionais da área de saúde em locais de concentração de prática esportiva. “Salvador precisa oferecer mais segurança a praticantes de esporte, um resgate em menos de uma hora pode ser decisivo para salvar vidas”, diz ela.

O objetivo do projeto é evitar mortes e lesões graves nas pessoas que praticam atividades físicas. A presença de socorro pode contribuir para a diminuição da gravidade das lesões decorrentes de mal estar, problemas súbitos e acidentes em locais públicos. Se a matéria for aprovada Dique do Tororó, Orla da Barra, Orla do Jardim de Alah, Parque da Cidade, Cidade Baixa e Parque de Pituaçu passarão a contar com o serviço.