O deputado Jorge Solla (PTcreditou a denúncia de falso superfaturamento em contrato no Hospital Cleriston Andrade a uma “reação criminosa” de opositores à sua cobrança por investigação no Metrô de Salvador. O parlamentar destaca que os dados que constam na alegada irregularidade são falsos.  

“O valor pago foi 74% inferior ao divulgado e o preço de mercado dos materiais adquiridos é, na realidade, infinitamente maior do que eles querem induzir o povo a acreditar. De forma mal intencionada, prestam um

desserviço ao tentar manipular a imprensa, mas caem em descrédito porque mentem”, disse.

O petista explica que a licitação da compra de material cirúrgico para o Mutirão de Cirurgia de Varizes, realizada entre setembro de 2013 e maio de 2014, foi realizada pela modalidade “Tomada de Preço”. Nela, fica estabelecido o quantitativo máximo de material que pode ser adquirido. Vence a empresa que apresentar o menor preço individual de cada item. “Mas só é pago a quantidade que foi realmente usado, o que evita o desperdício, num uso mais racional dos recursos públicos”, destaca.

No contrato com a empresa vencedora da licitação, a Prime Medical, o total de produto licitado não foi adquirido: foram usados 340 estiletes, que custaram R$ 1,89 milhão; e 390 cateteres, num total de R$ 2,16 milhões. No

total, foi pago à empresa R$4,05 milhões, valor que representa apenas 26% do total licitado.

Houve manipulação ainda no valor unitário dos materiais. O estilete parar ablação endovenosa custou, a unidade, R$ 5.580; e o cateter para ablação endoveniosa, R$ 5.540. Ao contrário do que foi denunciado – de que estes

materiais custariam R$6 e R$4 – o valor unitário do cateter e estilete publicado na “Tabela Simpro”, referência nacional em pesquisa e publicação de preços de medicamentos e produtos para a saúde, é de R$ 6 mil para o estilete e

R$ 6 mil para o cateter. A tabela é pública e serve de referência para hospitais privados e públicos.