O Carnaval e as obras do Metrô na capital baiana estão sob suspeita na Câmara de Salvador e duas comissões especiais de investigação foram propostas na Casa. A primeira delas, de autoria do vereador Arnando Lessa (PT), deve apurar “possíveis irregularidades e situações conflitantes com a lei” na festa momesca. A outra, subscrita por Henrique Carballal e Vânia Galvão, ambos também petistas, vai investigar os gastos na implantação do meio de transporte.

“A Casa do Povo cumprirá seu papel fiscalizador e não se curvará a qualquer interesse que não seja coletivo, em favor do cumprimento da lei. Não adiantarão quaisquer tentativas de intimidar este trabalho, pois a sociedade deseja saber quem está querendo destruir a história das grandes entidades e figuras carnavalescas”, declarou Lessa.

Segundo ele “esses predadores da folia não passarão, pois iremos permanecer no encalço e apresentar aos órgãos fiscalizadores, investigativos e policiais, toda e qualquer indecência encontrada”, referindo-se, entre outras coisas, a denúncias de compra de lugar privilegiado na fila do desfile por blocos liderados por artistas famosos.

Investigação geral

O requerimento para a CEI do Metrô contou com 22 assinaturas de vereadores de diferentes partidos, tanto da oposição quanto da situação. “A Câmara Municipal de Salvador não poderia ficar omissa diante das graves denúncias publicadas em jornal de grande circulação na cidade, uma vez que é atribuição do vereador fiscalizar o Poder Executivo Municipal”, diz Vânia.

Para Carballal as suspeitas de superfaturamento precisam ser investigadas, numa apuração que alcancem as gestões dos ex-prefeitos Antônio Imbassahy e João Henrique e do atual ACM Neto, além do período sob a responsabilidade do governo estadual.