Foi a polêmica do dia na Assembleia Legislativa
Tasso Franco , da redação em Salvador |
17/12/2014 às 18:20
Targino: "Ele (Wagner) manda na governadoria; aqui mandamos nós
Foto: "BJÁ
Deputados da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia repudiram nesta quarta-feira, 17, a atitude do governador Jaques Wagner no apagar das luzes de sua gestão e depois de apoiar quatro reeleições de Marcelo Nilo (PDT) à presidência declarar, agora, que é seu "amigo de fé", porém contrário à sua reeleição para a próxima legislatura.
Os parlamentares Targino Machado (DEM) e Carlos Geilson (PTN) consideraram as declarações do governador como "arrogantes" e uma intromissão do Poder Executivo no Poder Legislativo. Segundo Targino, na tribuna da Casa, "o governador manda lá, em Ondina, na governadoria, e aqui mandamos nós, os parlamentares".
Na sua fala, o democrata destacou que vergonhoso para a Bahia é a base governista ter votado a pedido do governador uma PEC, uma mudança na Constituição Estadual, que permitirá que ele passe a usufruir de uma pensão vitalícia. "Nem aquelas pessoas que ingtegram a profissão mais antiga do mundo têm coragem de apresentar um PL dessa natureza", frisou.
DEFENDE RENOVAÇÃO
Já a deputada Luiza Maia (PT), também usando a tribuna, defendeu a fala do governador Wagner e disse que a Assembleia precisa votar com urgência o projeto que acaba de vez com a possibilidade de uma reeleição "vitalicia" como deseja Marcelo Nilo. "Que o atual presidente desta Casa siga a sugestão do governador Wagner e deixe dequerer ser vitalicio na presidência", frisou.
Para Targino Machado (DEM) o discurso de Luiza Maia é "mofento, bolorento" e ela sendo uma deputada que tem se destacado na Assembleia, que tem apresentado projetos, não deveria defender essa ingerência do governador no Poder Legislativo. "Ora, se ela também quer ser a presidente da Casa, que lance sua candidatura como fizeram Rosemberg Pinto (PT) e Isidório (PSC).
No entendimento de Carlos Geilson (PTN) o governador Wagner foi "desrespeitoso" ao Poder Legislativo e "indelicado" com o presidente Marcelo Nilo, parlamentar que deu o maior apoio ao seu governo fazendo com "que, esgta Casa, em determinados momentos tomasse decisões homologatórios aos Projetos do Executivo".
