Candidato derrotado a deputado estadual, o vereador Hilton Coelho (PSOL) criticou o financiamento privado da campanha política, realizado por grandes empresas, agronegócio e banqueiros. Para ele o processo eleitoral no Brasil é “um imenso mercado”, “onde candidatos sem apoio de grandes grupos econômicos têm poucas condições de disputa”.

O resultado, afirma o socialista, é a escolha de quem tem mais dinheiro para fazer campanha e não necessariamente dos melhores candidatos. Lembrando o ditado popular “quem paga a banda, escolhe a música”, ele garante que os eleitos neste esquema prestam contas de seu mandato aos financiadores e não ao povo.

Em sua opinião o financiamento privado das campanhas atrela o político aos interesses das empresas financiadoras: “O capital financeiro, as empreiteiras, o agronegócio e as grandes empresas distribuem suas contribuições entre os partidos e coligações, para garantir que seus interesses particulares e lucros sejam reproduzidos continuamente, caso saiam vitoriosos”.

Para Hilton os governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff demonstraram estar ligados a tais interesses: “As candidaturas do PSOL não aceitam contribuição financeira alguma vinda do capital. Seria uma incoerência terrível da nossa parte se aceitássemos. Defendemos o financiamento público das campanhas para dar fim à promiscuidade que reina na política atual”.