Política

FABÍOLA Mansur cobra mais investimentos na área de saúde em Salvador

A cobrança foi feita no Dia Nacional da Saúde
, da redação em Salvador | 05/08/2014 às 19:44
Fabíola: preocupação com a saúde pública
Foto: Limiro Besnosik

A vereadora Fabíola Mansur (PSB) cobrou nesta terça-feira, 5, quando se comemora o Dia Nacional da Saúde, mais investimentos na área de saúde, além da valorização dos profissionais do setor e a ampliação do acesso a especialidades médicas e ampliação de leitos de urgência e emergência, como forma de diminuir as desigualdades em saúde.

A data relembra a memória e o dia do nascimento de Oswaldo Cruz, sanitarista que contribuiu para a estruturação das ações de saúde pública no Brasil. Médica oftalmologista, a socialista lembra que o acesso à Saúde é um direito de todos e reforça a necessidade de priorização da saúde com investimentos maiores da União, Estado e Município para além do previsto na Constituição Federal, a fim de garantir que as ações de saúde estejam ao alcance de toda a população.

“Na minha trajetória profissional e política sempre enfatizei o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), a importância de um atendimento global mais ativo e essencial, não apenas no tratamento das doenças, mas em campanhas de mobilização para prevenção e esclarecimento da população”, ressalta a edil, vice-presidente da Comissão de Saúde na Câmara.

Glaucoma e anemia falciforme

Fabíola coordenou campanhas de combate ao glaucoma, doença com maior incidência na população afrodescendente, capaz de causar a cegueira. Ela chama a atenção para a anemia falciforme e esclarece que Salvador é a capital com maior número de casos no país. Emocionada, Fabíola lembrou a recente perda da amiga Rilza Valentim, ex-prefeita de São Francisco do Conde, uma das vítimas deste mal.

Enfermidade genética e hereditária, que apesar de ser predominante em negros também acomete brancos, a anemia falciforme pode levar à morte. Dados do Ministério da Saúde revelam que no Brasil cerca de 3.500 crianças nascem por ano com a doença, sendo 1 bebê a cada mil nascimentos. Salvador concentra o maior número de portadores da doença: a cada grupo de 650 bebês nascidos vivos, 1 tem a patologia, o que representa, em média, 65 crianças por ano.

Para Fabíola, é essencial a instalação de uma rede de atenção específica para a doença. “Salvador necessita com urgência da criação de centros de referência especializados. É inadmissível a falta de recursos para o diagnóstico precoce da doença”, critica a vereadora, que defende também políticas públicas de atenção à saúde da população negra com ampliação do orçamento para ações. Entre as iniciativas do seu mandato, a vereadora destinou verbas para a Secretaria de Reparação e aprovou emendas relacionadas à população negra.

Ela lembra também que tramita no Senado o PLS 389/ 2012, do qual a senadora Lídice da Mata é relatora, que prevê a concessão de benefício mensal à pessoa portadora de doença hereditária e isenção do cumprimento de prazo de carência para recebimento de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

A doença - A doença consiste numa deformação dos glóbulos vermelhos, que no doente falciforme possuem a forma de foice ou lua e provocam a obstrução dos vasos sanguíneos. Os sintomas podem variar, mas entre os mais comuns estão o cansaço, inchaço, vermelhidão e dor nas mãos e pés; dores nas articulações ou no abdômen; icterícia (olhos e pele amarelados) e infecções. Nos casos mais graves, a doença pode provocar cegueira, retenção de sangue no baço, acidente vascular encefálico, enfarte e isquemia dos membros.

O teste do pezinho é fundamental para o diagnóstico precoce da doença e deve ser feito na primeira semana de vida do bebê. Com acompanhamento especializado, os efeitos da anemia falciforme podem ser minimizados.