Foram abertas na manhã desta terça-feira, 3, no Centro Cultural da Câmara de Salvador, as comemorações pelos 465 anos de fundação da casa legislativa. O presidente Paulo Câmara (PSDB), enalteceu o papel da instituição que, “em ressonância com os anseios do povo confunde sua história com a de Salvador, da Bahia e do Brasil”.
Segundo ele “465 depois de sua instalação, a Câmara continua a conter a responsabilidade de ser a porta-voz da população. Papel de suma importância na condução das reivindicações, influindo sobremaneira no desenvolvimento socioeconômico da cidade”. Ressaltou ainda a luta constante pela transparência, o aperfeiçoamento dos canais de comunicação com a população e a instituição do voto aberto como “grandes avanços” alcançados.
“O voto aberto, aprovado por unanimidade em 2013, constitui-se em um caminho de respeito ao cidadão e no restabelecimento de confiança. Ao completar 465 anos de sua implantação, da casa de taipa ao esplendor do prédio colonial de hoje, esta instituição segue convivendo com o contraditório no exercício da democracia, buscando contribuir com a melhoria contínua desta cidade de São Salvador”, concluiu.
Obra histórica
A CMS relançou uma obra que trata de suas atribuições, funcionamento e da forma de como se relacionava com vida cotidiana da cidade. Trata-se da segunda edição do livro “Poder Político Local e Vida Cotidiana: A Câmara Municipal da Cidade de Salvador no Século XVIII”, da professora Avanete Pereira Sousa.
De acordo com a autora, doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP), “só podemos compreender a história desta Câmara Municipal se nos remetermos à ocupação portuguesa. Mesmo depois de deixar de ser a capital do Brasil, Salvador continuou a ter uma influência muito grande, econômica e politicamente”.
Para ela é necessário aos cidadãos tomarem conhecimento da história da cidade: “Espero que esse meu livro sirva de motivação para que essa Casa continue a ser estudada e a força deste Poder Legislativo seja cada vez mais consolidada, não restando dúvidas sobre a sua importância e influência para todos os cidadãos desta cidade”.
Reconhecimento
Os sete servidores que solicitaram aposentadoria neste ano foram homenageados durante a solenidade. Quatro deles receberam de Paulo Câmara e de Ana Rita Tavares (PROS) uma placa pelo empenho ao exercer o cargo público com dedicação e zelo.
Aos 69 anos, Raimundo dos Santos recordou seus quase 40 anos de serviço, começando como zelador e chegando ao gabinete da Presidência, aposentando-se como auxiliar administrativo. “Um momento marcante para mim foi quando um presidente me disse: seriedade, responsabilidade e honestidade cabem em qualquer lugar”, disse.