Os mornos debates da tarde desta segunda-feira, 7, na Câmara de Salvador só ganharam um pouco mais de tempero no final da sessão, quando o vice-líder do DEM Claudio Tinoco teve sua fala interrompida por uma manobra regimental do líder da oposição, Gilmar Santiago (PT). O democrata discursava sobre os recentes escândalos envolvendo a Petrobras quando o petista exigiu a verificação de quórum e derrubou a sessão.
Para Tinoco o PT, assim como no Congresso, está correndo do debate sobre a suspeita de desvio de recursos na estatal, como o envolvimento do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa com Alberto Youssef, doleiro responsável pela movimentação de aproximadamente R$ 90 milhões nos últimos cinco anos na MO Consultoria (segundo a Polícia Federal é uma empresa de fachada e só existente no papel).
O edil aponta ainda o envolvimento de membros do PT baiano e do atual secretário estadual de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, que autorizaram a operação de compra da usina de Pasadena, no Texas (USA) como membros do conselho de administração da Petrobras. “Mesmo assim, o PT não quer debater o assunto nesta Casa”, reclama o situacionista.
Defesa das creches
Fora isso, o tema mais presente nos pronunciamentos durante a sessão foi levado pelo Fórum em Defesa das Creches Escolas, representado por Hamilta Maria de Jesus Queiroz. Ela ocupou a tribuna popular as dificuldades do setor e buscar apoio dos vereadores e denunciou que há quatro anos as instituições de Salvador estão sem receber o repasse de recursos necessários à sua manutenção. Segundo Hamita, o Fórum pede para participar das discussões da cidade relativas à Educação Infantil.
Aladilce Souza (PCdoB) sugeriu, como Ouvidora, a realização de uma audiência conjunta com representantes das creches, comissões da CMS e secretarias municipais de Saúde e Educação. Arnando Lessa (PT), que presidia a sessão, propôs a Gilmar Santiago e ao líder governo, Joceval Rodrigues (PPS) a indicação de nomes para compor o grupo. De acordo com o governista o Município já vem tentando resolver o problema, mas esbarra na burocracia e nos prazos impostos pela legislação.
No entender de Fabíola Mansur, Silvio Humberto (ambos PSB) e Vânia Galvão (PT) o assunto ainda não foi equacionado por falta de prioridade política. Odiosvaldo Vigas (PDT) defendeu a Federalização da Educação e o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Juventude, Luiz Carlos (PRB), advogou a criação de um programa de incentivo fiscal.