Política

MARCELO NILO diz que se não for escolhido vice de Rui será surpresa

Marcelo Nilo diz que está convicto de que Wagner escolherá seu nome
Tasso Franco , da redação em Salvador | 18/12/2013 às 16:09
Marcelo Nilo durante almoço com os jornalistas nesta quarta-feira, 18
Foto: BJÁ
  O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, em almoço realizado nesta quarta-feira, 18, com os jornalistas políticos credenciados na Casa, afirmou que existem três possibilidades para seu destino político em 2014: ser convidado pelo governador Wagner para compor a chapa da base aliada do governo na condição de candidato a vice-governador; não ser convidado a ser candidato a vice-governador e manter sua candidatura a governador, desde que o PDT concorde; e nem uma coisa nem outra, deixando a entender que poderá ser novamente deputado estadual.

   Situações que Marcelo não admite de forma alguma: ser candidato a suplente de senador de Otto Alencar; ser candidato a deputado federal; ser indicado para um dos tribunais de contas (TCM e/ou TCE); ser candidato a vice da senadora Lidice da Mata (PSB). "Se em 2012 fui convidado pelo governador para ser candidato a senador, com duas vagas ao Senado e eleição garantida, e não aceitei porque tinha outros objetivos, imagina agora se serei candidato a suplente!. Nem pensar".

   Marcelo destacou ainda que "estou convicto de que serei o candidato a vice-goivernador na chapa de Rui Costa", que fala com o governador Wagner pelo menos três vezes ao dia por telefone embora não trate da sucessão, e que "será uma grande surpresa se não for escolhido como candidato". 

   Entende o parlamentar que, além de sua amizade e fidelidade ao governador Wagner, num comparativo com o PP, partido que também disputa a mesma vaga com o deputado Mário Negromonte, embora a imprensa baiana tenha comentado uma maior possibilidade de um nome pepista diante da densidade eleitoral deste partido em relação ao PDT (partido de Marcelo), comenta que o PP tem 5 deputados estaduais e o PDT 5 deputados estaduais; que o PP tem 3 deputados federais e o PDT 2 deputados federais; que o PP tem 55 prefeitos e o PDT tem 45 prefeitos.

   No entanto, faz a ressalva que o PDT, além disso, tem 1 senador da República (João Durval) e 1 presidente da Assembleia. "Creio que o PDT tem mais densidade eleitoral do que o PDT e ainda se deve levar em conta que eu tenho prefeitos de todas as legendas partidárias, desde o próprio PP, ao DEM e ao PMDB", comentou. 

   Sobre uma provável e anunciada candidatura de João Durval à reeleição, diz que, até agora, esse assunto não foi tratado no âmbito do PDT.

   QUALQUER CRITÉRIO

   Nilo comenta que aceita qualquer critério de avaliação em termos de densidade eleitoral e popularidade em comparativos com os nomes do PP (considera que o PP tem dois nomes na disputa: Mário Negromonte e João leão), listando o critério de pesquisa para apontar quem é mais popular no estado; a indicação dos partidos aliados da base para quais dos nomes se o dele ou os pepistas; quem é mais conhecido no estado; indicação a partir dos deputados estaduais e federais.

    O presidente destacou ainda que continua trabalhando seu nome como candidato a governador nessa fase, "porque não existe candidatura a vice", e entende que Wagner só decidirá pelo fechamento da chapa depois que as oposições (DEM e PMDB) lançarem a sua chapa. "Historicamente, as oposições sempre lançam a chapa primeiro do que a situação", confessou.

   Para Marcelo, isso não será motivo de ansiedade, pois, quem conhece a política, quem convive com a política sabe que todo processo da escolha de uma chapa majoritária demanda tempo, demanda conversas e o posicionamento das oposições, o que ainda não aconteceu.

    BALANÇO DO ANO LEGISLATIVO

    O presidente fez um balanço do ano legislativo considerando "bastante positivo" com a realização de 130 sessões ordinárias, 33 extraordinárias, 76 especiais e uma solene situando que o Poder Legislativo da Bahia, hoje, "é independente e altivo".

   Sobre projetos de deputados que não votados na Casa, Marcelo destacou que, a situação parte mais dos deputados do que da vontade da Mesa. 

   Sobre a PEC do Voto Aberto que ainda poderá ser votada neste ano diz que a maioria não pretende votar em dois pontos: a escolha da Mesa Diretora e a escolha de represnetantes da Casa nos Tribunais de Contas. "Se o voto por aberto para esses dois casos poderá haver interferência do Poder Executivo".